A Menina que Matou os Pais, drama psicológico que vai narrar o julgamento de Suzane Von Richthofen (Carla Diaz) e Daniel Cravinhos, réus confessos do assassinato dos pais de Suzane, será exibido em um formato inédito nos cinemas mundiais. De acordo com o produtor Marcelo Braga, será contada em sessões alternadas nas mesmas salas:
"Temos a mesma história contada em duas versões do crime e, o que pouca gente sabe, os bastidores anteriores ao crime. Tudo narrado oficialmente durante o processo e em especial no julgamento. Há um interesse sobre esse assunto, que é natural. É uma forma de nos confrontarmos com aspectos do ser humano que repudiamos, mas que estão ali, não podemos negar".
O diretor do longa, Mauricio Eça (Apneia) acredita que esta foi a solução artística encontrada pelos produtores para serem fiéis ao que está narrado nos depoimentos oficiais: "Temos discutido muito internamente o que é verdade. O que ela fala e o que ele fala. É verdade? Se eles estão falando coisas diferentes, qual é a verdade? Um filme será a versão da Suzane e o outro, a do Daniel. São coisas que a gente descobriu na leitura do processo, versões, às vezes do mesmo fato, mas diferentes".
O Caso Richthofen aconteceu em outubro de 2002, em São Paulo e se tornou um dos homicídios mais conhecidos no Brasil. Na ocasião, Suzane planejou a morte de seus pais, e abriu a porta da mansão da família para que os irmãos Cravinhos pudessem acessar a residência e, em seguida, mataram Manfred e Marísia com marretadas na cabeça.
Com roteiro da criminóloga e escritora Ilana Casoy em parceria com o escritor Raphael Montes, A Menina que Matou os Pais tem previsão de lançamento para 2020.