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    Por que Midsommar promete ser um dos filmes mais assustadores de 2019

    O diretor Ari Aster já foi aclamado anteriormente por seu trabalho em Hereditário.

    Conhecido como um dos nomes mais promissores para a nova geração de diretores de filmes de terror, o cineasta Ari Aster mal finalizou Hereditário, seu último sucesso de crítica e bilheteria, e já engatou no desenvolvimento de O Mal Não Espera a Noite - Midsommar, um dos longas mais esperados do ano e que já está nos cinemas. 

    No entanto, assim como aconteceu a seu antecessor, os detalhes de Midsommar são envoltos em uma trama misteriosa, seguindo a mesma idealização de guiar os espectadores para as reviravoltas e momentos de tensão conforme o enredo se constrói aos poucos. Sendo assim, é muito comum que no meio disso surja o seguinte questionamento: o que o novo longa de Aster pode trazer de inovador?

    Pensando em localizar melhor os apaixonados fãs do gênero, o AdoroCinema preparou uma matéria explicando exatamente quais são as nuances que cercam o thriller psicológico e, especialmente, as principais referências abordadas na temática — desde lendas nórdicas, até densos rituais religiosos. Vamos lá?

    O MAL NÃO ESPERA A NOITE

    A24

    Como o próprio título nacional do filme sugere, estamos falando de um horror ambientado em plena luz do dia. Enquanto muitos usam o artíficio das cenas "claras" justamente para afastar um pouco a sensação de sufocamento e mistério, Ari joga com a subversão desta estratégia comum e usa a luz do dia ao seu favor. Por mais que a noite possa trazer o desconhecido, a luz deixa tudo à vista. Até as piores coisas.

    Mas o que isso significa em termos práticos? Disposto a explorar a dualidade das relações e sua real significância dentro dos acontecimentos da trama, o diretor aqui faz o que aparentemente seria impossível: criar a tensão e o clima de "descoberta ao longo da exibição" usando do sol como ponto de mistério.

    POR TRÁS DAS CORTINAS

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    Tirem as crianças da sala. Tido como motivo de comemoração para muitas pessoas que apreciam um bom terror, a recente confirmação de que o longa teria classificação etária para maiores de 18 anos deixou no ar aquele famoso clima de indagação sobre o que virá por aí. De acordo com relatos dos próprios envolvidos na produção, por exemplo, a violência extrema chegará a um nível ainda maior que em Hereditário.

    Narrando a trajetória daquilo que seria apenas simples férias despreocupadas de verão em uma terra onde a luz nunca se esvai, o longa acaba pendendo a um rumo muito mais sinistro quando os moradores do vilarejo iniciam festividades um tanto inesperadas dentro da nossa perspectiva padrão sobre o sentido da renovação espiritual. Assim como sua estratégia de divulgação propõe, Midsommar nos dá muito mas nos revela pouco.

    E em uma era onde a informação surge de maneira cada vez mais desenfreada e artificial, isso é exatamente o que precisamos.

    A RENOVAÇÃO DO TERROR

    A24

    Com o advento de filmes de terror cada vez mais subsersivos dentro do próprio gênero, alguns críticos e especialistas da indústria cinematográfica começaram a falar sobre o termo "pós-terror", que vem ganhando cada vez mais força. Opiniões à parte sobre a aplicação de uma diferenciação entre o que é feito para cada público, é impossível negar o fato de que a última década foi importantíssima para causar uma reviravolta na forma como consumimos horror. 

    Assim como A Bruxa e o próprio Hereditário, por exemplo, foram essenciais para solidificar a instauração do thriller psicológico como algo mais palpável, comercial, e voltado aos grandes circuitos, Midsommar também faz parte da mesma linha. Afinal de contas, o simples consumo de um produto ambientado à luz do dia, com classificação etária para maiores de 18 anos, de um diretor com uma bagagem tão forte, já é um indicativo de quebra de paradigmas por si só. 

    Não apenas o público vem passando a aceitar melhor a efervescência de obras voltadas a um terror tecnicamente gráfico e ao mesmo tempo psicológico, mas os próprios festivais também estão passando por um lento período de aceitação. Toni Collette, por exemplo, foi indicada a diversos dos prêmios mais importantes do cinema por sua atuação em Hereditário

    Por maior que seja a explicação, é impossível mostrar aqui com exatidão o potencial de impacto que Midsommar e Ari Aster possuem ao cinema e, especialmente, ao gênero. Como o trabalho do cineasta é pautado na subjetividade e nas sensações, a melhor forma de absorver a questão é indo aos cinemas assistir O Mal Não Espera a Noite - Midsommar, que chega aos circuitos brasileiros no dia 19 de setembro. Aproveite e leia aqui a crítica do AdoroCinema.

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