Shia LaBeouf é mais um dentre tantos atores que iniciaram a carreira ainda criança, seja em anúncios esporádicos na TV ou mesmo em filmes e séries. O tempo passa, eles crescem, aparece a grande oportunidade em algum filme extremamente popular. No caso de Shia, Transformers surgiu em seu caminho e, logo em seguida, o papel do filho de Indiana Jones em O Reino da Caveira de Cristal. Não deu certo.
Eleito o ator mais lucrativo de Hollywood em 2010, Shia viu sua carreira ir ladeira abaixo. Primeiro, abandonou por vontade própria a franquia Transformers. Uma sucessão de polêmicas minou o interesse de diretores e produtores, que o viam mais como problema do que solução. O caminho foi seguir rumo ao cinema independente, seja através dos dois Ninfomaníaca ou de produções como Docinho da América.
É nesta toada que surgiu Honey Boy, sua inusitada cinebiografia que serve mais como expiação de seus problemas de relacionamento com o pai - interpretado pelo próprio Shia LaBeouf, o que dá ao papel uma dimensão ainda maior. Ovacionado em Sundance e exibido já no primeiro dia do Festival de Toronto, o filme teve boa recepção junto à imprensa mundial. Confira nossa crítica!
Com uma direção criativa da pouco conhecida Alma Har'el, o filme pode não só redimir a carreira do ator como, pela primeira vez, lhe render uma indicação ao Oscar - como ator coadjuvante, é bom ressaltar. Não apenas pelo seu desempenho, mas também porque a Academia adora uma boa história de redenção diante das câmeras.
Ao menos por enquanto, Honey Boy não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros - nem sequer distribuidora local já conseguiu. Quem sabe não aparece nas sempre aguardadas programações da Mostra de São Paulo e do Festival do Rio?