Após a notícia do potencial fim do acordo entre a Sony Pictures e a Disney, que retira o presidente da Marvel Studios da produção dos filmes do Homem-Aranha (e, consequentemente, elimina o Cabeça de Teia do Universo Cinematográfico Marvel), a Sony concedeu uma declaração ao The Hollywood Reporter e afirmou que a culpa é da Disney.
"Muito das notícias de hoje sobre o Homem-Aranha descaracterizaram as discussões recentes sobre o envolvimento do Kevin Feige na franquia", afirmou um porta-voz. "Estamos decepcionados, mas respeitamos a decisão da Disney de não mantê-lo como produtor principal do nosso próximo filme em live-action do Homem-Aranha."
Ainda assim, o estúdio mantém as esperanças de que a situação possa ser revertida.
"Esperamos que isso possa mudar no futuro, mas entendemos que as muitas novas responsabilidades que a Disney entregou a ele — incluindo todas as recém-adicionadas propriedades da Marvel — não o deixam com muito tempo para trabalhar em propriedades intelectuais que não são deles", continua a declaração, citando a compra da Fox, que colocou os X-Men sob a alçada da Marvel Studios. "Kevin é fantástico e nós estamos gratos pela sua ajuda e orientação, e temos orgulho do caminho em que ele ajudou a nos colocar, a que vamos dar continuidade."
Homem-Aranha está fora do Universo Cinematográfico MarvelNa tarde desta terça-feira, o Deadline deu o furo de notícia: o acordo de coprodução entre a Sony e a Disney chegou a um impasse porque as partes não chegaram a um acordo financeiro.
Segundo os relatos, há mais dois filmes em live-action do Homem-Aranha já confirmados na Sony. Jon Watts retorna como diretor e Tom Holland permanece no papel principal, mas Feige não será mais produtor. Isso significa, essencialmente, que o Aracnídeo também está fora do Universo Cinematográfico Marvel, a menos que o problema seja resolvido.
O acordo levou o Amigão da Vizinhança a debutar em Capitão América: Guerra Civil (2016), posteriormente sendo formalmente apresentado em Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017) e retornando em Vingadores: Guerra Infinita (2018), Vingadores: Ultimato (2019) e, por fim, Homem-Aranha: Longe de Casa (2019). Segundo o acordo, a Disney tinha direito a 5% da bilheteria da estreia, além de todos os lucros de merchandising do personagem.
O que o Deadline reporta é que, na renegociação, a Disney queria uma divisão de 50/50 dos lucros, além de adicionar o universo estendido do Aranha ao acordo. Na prática, isso significaria que Venom, Morbius e outros personagens cujos direitos pertencem à Sony eventualmente pudessem ser integrados ao UCM.
Na segunda-feira, a Sony havia anunciado que Longe de Casa ultrapassou 007 - Operação Skyfall, tornando-se o maior sucesso de bilheteria do estúdio, com uma arrecadação mundial que já havia chegado a US$ 1,109 bilhão.
Enquanto isso, a Marvel retorna aos cinemas em 2020 com Viúva Negra (30 de abril) e Eternos (5 de novembro), além da série do Falcão e o Soldado Invernal, que estreia no segundo semestre do ano que vem.