O politicamente desafiador A Caçada, cujo lançamento foi cancelado pela Universal Pictures após a onda recente de tiroteios nos Estados Unidos, já estava rendendo polêmicas antes mesmo da decisão ser tomada, e rendeu até mesmo ameaças de morte.
Segundo informa o The Hollywood Reporter, a sátira teve a segunda exibição de teste no Vale de São Fernando, California, no último dia 6 de agosto, e parte do público demonstrou desconforto com a carga política do filme.
De acordo com a sinopse oficial, a história acompanha "doze estranhos que acordam em uma clareira sem saber onde estão, ou como chegaram lá. Às sombras de uma obscura conspiração da internet, um grupo da mais alta elite global se reúne pela primeira vez em uma remota Casa Senhorial para caçar humanos por esporte. Mas o plano da elite está prestes a ser impedido porque uma das caças, Crystal (Betty Gilpin), conhece o jogo dos Caçadores melhor do que eles mesmos. Ela vira a mesa dos assassinos, capturando-os um a um, à medida que traça seu caminho até uma misteriosa mulher (Hilary Swank) que está no centro de tudo." O ponto polêmico da história é que as "vítimas" seriam apoiadores da política armamentista.
A Caçada: Universal cancela lançamento de thriller satírico após onda de tiroteios nos Estados UnidosApós a Universal ter anunciado que faria alterações na campanha de marketing do longa, os produtores executivos da companhia, junto ao diretor Craig Zobel e aos roteirstas Nick Cuse e Damon Lindelof começaram a receber ameaças de morte através de email e redes sociais. Isso fez com que a campanha fosse pausada imediatamente.
Foi apenas depois disso, quando o filme virou notícia na Fox News e, consequentemente, foi alvo de críticas por parte de Donald Trump, que veio a decisão de cancelar o lançamento de uma vez. O THR informa ainda que desde o início alguns executivos da Universal estavam receosos quanto à compra do projeto, mas que na comunidade internacional ainda há o desejo de lançá-lo.