Começam a surgir as consequências da fusão entre a 20th Century Fox e a Disney. Em reunião com investidores nesta terça-feira, o CEO Bob Iger revelou um prejuízo de US$ 170 milhões no terceiro quadrante do ano fiscal, em relação aos títulos herdados da Fox. Entre os mais custosos está X-Men: Fênix Negra.
Disney reporta prejuízo de US$ 170 milhões após fracasso de X-Men: Fênix NegraA consequência direta disso é não apenas uma reestruturação na 20th Century Fox, que passa a funcionar como um selo dentro da Disney, pareado, por exemplo, com Marvel Studios, Lucasfilm, Pixar e Disney Animation, sob o comando de Emma Watts. De acordo com fontes do The Hollywood Reporter, a estimativa é que a Fox produza por volta de 10 filmes por ano, e mais da metade deverá ser lançada diretamente no Disney+, novo streaming da Disney, ou no Hulu, também controlado pela Casa do Mickey Mouse.
"Provavelmente vai levar um ano ou dois antes de podermos ter um impacto — obviamente, leva mais tempo no lado do desenvolvimento — mas um impacto nos filmes que estão atualmente em produção", explicou Iger. "Estamos confiantes de que vamos conseguir reverter a sorte dos live-actions da Fox e vocês verão estes resultados em alguns anos."
Apesar de não ter sido específico a respeito do que acontecerá com a Fox Searchlight, divisão especializada em lançamentos independentes que costumam despontar no Oscar (Juno, Cisne Negro, 127 Horas, por exemplo), Iger garantiu que o estúdio "vai continuar a fazer os filmes de prestígio pelos quais é conhecido, enquanto expande sua narrativa original de alta qualidade para espaços [direto para o consumidor]".
A ideia é que, além da redução da quantidade de lançamentos da Fox, poucos serão os títulos que vão chegar às telonas. O "privilégio" deverá ser reservado aos filmes com maior potencial de bilheterias ou de chegar até a temporada de premiações. Na mesma reunião, Bob Iger revelou que planeja novas versões de Esqueceram de Mim, Doze é Demais e Uma Noite no Museu, entre outros, diretamente para o Disney+.