Em Hollywood, é muito comum que diversos artistas acabem sendo perseguidos pelos estigmas e concepções das próprias obras. Desde pessoas que são reconhecidas na rua por seus personagens, até diretores que ficam eternamente lembrados por um estilo único. O cineasta Robert Eggers, responsável pelo aclamado A Bruxa, teve grandes problemas para entrar na Polônia por, supostamente, ser satanista.
Apoiado na mídia pelo Tempo Satanista, famosa seita norte-americana (cujo nome já deixa sua intenção clara), o filme trouxe uma quantidade considerável de pessoas indignadas pelo que consideram ser "incentivo ao satanismo e práticas de magias negras". Tudo não passou de uma jogada de marketing da A24, produtora de A Bruxa, mas Eggers declarou ter sido contra a decisão:
"Eu não queria isso, da mesma forma que não gostaria que meu filme fosse apoiado por alguma instituição chamada Tempo Cristão, por exemplo. Eu tinha várias razões pessoais para ser contra isso, mas também lembro de ter dito: 'As pessoas vão achar que eu sou um satanista, ca*****", falou, durante entrevista ao podcast Deep Cuts.
Apesar do sucesso do longa, Robert rapidamente se envolveu em problemas: "Uma mulher, que comandava um estúdio cinematográfico na Polônia, disse: 'Nós não queremos o Robert Eggers aqui porque ele é satanista'. Então passamos uma semana inteira tentando convencê-la de que eu não era um satanista, para que eu pudesse ir filmar lá". Final feliz?
O diretor está prestes a lançar seu novo thriller, The Lighthouse, estrelando Robert Pattinson e Willem Dafoe. Elogiado pela imprensa internacional e contando com 98% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme é um dos mais esperados deste ano. Leia a crítica do AdoroCinema!