A paisagem nublada lembra o clima de serra (Alpes Suíços, diriam os mais otimistas), mas trata-se do Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro, bem na chegada da frente da fria que fez os cariocas mandarem aquele “zap” no grupo para combinar o fondue.
O ambiente bucólico foi o escolhido pela produção do filme Minha Mãe É uma Peça 3 como a nova casa da nova Marcelina (Mariana Xavier), a filha de Dona Hermínia (Paulo Gustavo), que agora está em um momento mais “desconstruídona”. “Uma fase mais preocupada com o planeta, com a saúde”, explica a intérprete da moça.
Foi lá que, no início de julho, o AdoroCinema acompanhou um dia de filmagem do mais novo capítulo da franquia, que tem previsão de estreia em 26 de dezembro deste ano.
Marcelina não está só zen: é mãe agora também. E o nome dela (da criança) não vai ser Jenifer, como a “internet” especulou assim que a gravidez de Marcelina foi anunciada. “Rolou aí essa sugestão, os fãs ficaram falando: ‘Ai, vai ser Jenifer, vai ser Gabriel em homenagem’. Seria fofo, mas não tem nada a ver com a nossa história”, Mariana trata de explicar.
A especulação (caso você tenha morado embaixo de uma pedra nos últimos meses) se deu porque a atriz é a protagonista do videoclipe do hit “O Nome dela É Jenifer” (Desculpe se a gente vai fazer você cantar esse refrão até o final deste texto. Ou deste dia), do cantor Gabriel Diniz, que faleceu em um acidente aéreo no fim do último mês de maio.
Mariana garante que há uma razão para se esconder (até) o gênero do bebê: “porque isso tem tudo a ver com as questões que a gente vai abordar nesse filme”. “O que eu vou revelar é que a gente, através da comédia, vai tocar em assuntos muito importantes dos quais a gente está, infelizmente, precisando, mais do que nunca, falar”.
Menos “enigmático” é Paulo Gustavo, o criador por trás da carismática criatura Hermínia. Além da maternidade de Marcelina, a desajustada “senhora” vai ter que lidar também com o casamento do filho Juliano (Rodrigo pandolfo, que não estava escalado para a diária que o AC acompanhou).
“Nesse filme eu quis colocar, mais uma vez, a minha experiência. Eu trouxe coisas da minha vida. Quer dizer, eu casei com o [médico] Thales [Bretas] e eu queria falar sobre isso, acho importante, nessa era que a gente está vivendo agora de muito preconceito, essa era raivosa”.
Juliano vai duplicar o guarda-roupa se juntando ao personagem de Lucas Cordeiro, o primeiro namoradinho do filho da Dona Hermínia, que também participou do longa inicial da franquia. Até aí, nenhum problema. O conflito, ao que parece, vai se estabelecer mesmo quando entrar em cena a sogra de Juliano, vivida por Estela Maria Rodrigues.
“Ela vem fazendo uma sogra má, chique. Ela vai ser um contraponto para a Hermínia porque a Hermínia é uma mulher muito simples, cheia de valores incríveis, e a sogra é uma mulher completamente fútil, casada com milionário, vive para compras”.
Completa o elenco de estreantes o ator Cadu Fávero (O Frejat de Cazuza), como o marido de Marcelina. Alexandra Richter, Patricya Travassos, Malu Valle, Samantha Schmütz retornam para os seus papéis, assim como Herson Capri, claro, como o “pacífico” Carlos Alberto. Com uma mudança: “Ele está chegando aí no filme 3 dando em cima para voltar. Não sei se ele vai conseguir”, conta.
Aliás, duas (mudanças): Agora, ele (e todo o elenco) são comandados pela diretora Susana Garcia, que trabalhou com Paulo Gustavo no sucesso Minha Vida em Marte (mais de cinco milhões de espectadores) - e esposa de Capri.
“Eu, como mãe de três filhos, acho que eu ajudo do ponto de vista da Hermínia com a relação com esses filhos e dos filhos com a Hermínia”, atesta a diretora, que participou da escrita do roteiro, cujo enredo lembra O Pai da Noiva (“A Mãe do Noivo”?), filme dos anos 1990 protagonizado por Steve Martin.
Lembra? Ninguém se lembra. Confira a reportagem completa no vídeo acima.