Apesar de seus 83 anos de idade e todos os problemas judiciais envolvendo as denúncias de assédio sexual feitas por Dylan Farrow, sua filha adotiva com Mia Farrow, o cineasta Woody Allen disse durante uma entrevista coletiva que continuará trabalhando até morrer.
Às vésperas de rodar seu novo filme, O Festival de Rifkin — título provisório —, em San Sebastián, na Espanha, Allen concedeu uma rápida coletiva de imprensa. Quando perguntado sobre seu futuro na indústria, tendo em vista a recusa de colaboração de diversos estúdios devido às acusações, o diretor foi sucinto:
"Provavelmente eu morrerei no meio da montagem de um filme ou em um estúdio, enquanto filmo. [...] Não penso em parar, não penso em movimentos políticos ou sociais", disse. Woody estava acompanhado pelo fundador do Mediapro Studio, Jaume Roures. Na ocasião, os atores Sergi López, Gina Gershon, Elena Anaya e Wally Shawn também falaram sobre suas expectativas para o projeto.
Ambientado no Festival de Cinema de San Sebastián, o próximo filme de Allen será uma comédia romântica sobre pessoas de diferentes classes e idades que chegam ao evento divididas entre problemas, sonhos e esperança: e, é claro, se encontram em algum momento.
O diretor e roteirista veio tentando lançar Um Dia de Chuva em Nova York, que seria distribuído pela Amazon, já há alguns anos. O longa foi cancelado no circuito norte-americano após as acusações de assédio, o que fez com que o estúdio fosse condenado a pagar milhões para Allen por quebra de contrato. No entanto, o longa ainda será em alguns outros países - no Brasil inclusive, onde a estreia está agendada para 26 de dezembro.