Em meio ao calendário repleto de filmes de super-heróis, poucos personagens ganharam tantas versões em pouco tempo quanto o Homem-Aranha. A trilogia do diretor Sam Raimi, estrelada por Tobey Maguire, foi aclamada por seus dois primeiros filmes, mas criticada pelo terceiro, o que deu a entender que os produtores demorariam para resgatar o personagem nos cinemas.
Mero engano: cinco anos após o fim da trilogia, os estúdios Sony recomeçaram a história com Andrew Garfield no papel do protagonista. Desta vez, o diretor Marc Webb investiu em mais efeitos especiais, muitos vilões simultâneos e um personagem mais velho. O resultado foi a rejeição do público: com os números fracos do segundo filme, o projeto da trilogia sequer ganhou uma conclusão.
Mesmo assim, conforme os direitos sobre o super-herói passavam da Sony para a Disney, chegou a vez de o Homem-Aranha ganhar uma repaginada, apenas três anos depois da franquia anterior. Sob a direção de Jon Watts, Tom Holland resgatou o aspecto juvenil do amigo da vizinhança, aplicando o modelo de sucesso das últimas produções da Marvel.
O AdoroCinema aproveita para relembrar as críticas publicadas por diversos membros das redações sobre as franquias Homem-Aranha ao longo dos anos - incluindo a elogiadíssima animação Homem-Aranha no Aranhaverso. Qual é o seu filme preferido?
Homem-Aranha (2002), direção: Sam Raimi
Nota: 3/5
Crítica: "Os diálogos excessivamente explicativos também deixam pouco espaço para interpretação. [...] Apesar dos tropeços no roteiro de Homem-Aranha, Raimi é eficiente ao dirigir sequências ágeis e fluidas do herói. Tanto os duelos com o Duende Verde quanto as cenas em que salva a população de perigos corriqueiros são bem dosadas e divertidas". Leia a crítica completa.
Homem-Aranha 2 (2004), direção: Sam Raimi
Nota: 4/5
Crítica: "O diretor sabe manter o ritmo de uma comédia de aventura, ágil sem fragmentar a montagem, e divertida sem recorrer às piadas infantojuvenis que apareceriam mais tarde na Marvel em Guardiões da Galáxia e Thor: Ragnarok, por exemplo. As cenas de ação estão a serviço dos personagens, e não o contrário". Leia a crítica completa.
Homem-Aranha 3 (2007), direção: Sam Raimi
Nota: 2,5/5
Crítica: "A intenção de fazer jus à vastidão do universo do teioso nas telas começa de forma lúcida e divertida, mas no meio do caminho tudo vai se perdendo lentamente, até chegar a soluções rápidas que parecem afetar Peter subitamente, e não de uma maneira mais íntima e realmente transformadora". Leia a crítica completa.
O Espetacular Homem-Aranha (2012), direção: Marc Webb
Nota: 4/5
Crítica: "Deixando de lado a opção do estúdio por recomeçar do zero, o legal dessa produção é que ela permite ao espectador comum cair na teia do personagem sem muitas dificuldades e junto com ele. Num piscar de olhos, o roteiro cerca você de mistérios que envolvem o desaparecimento dos pais e a amizade deles com o tal cientista". Leia a crítica completa.
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro (2014), direção: Marc Webb
Nota: 3/5
Crítica: "Uma aventura menor do que poderia ser. O que está longe de significar que seja um filme ruim. Com efeitos especiais caprichados, às vezes beirando a animação, o filme possui cenas de ação muito boas que exploram bem a capacidade de imersão do 3D. Andrew Garfield parece mais à vontade na pele do herói e consegue transmitir com fidelidade o ar juvenil característico desta versão". Leia a crítica completa.
Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017), direção: Jon Watts
Nota: 4/5
Crítica: "O atual Aranha possui toda uma narrativa meticulosamente construída de forma que, mesmo com profundas mudanças em relação à sua origem - em relação às HQs -, ainda assim seja um personagem reconhecível pelo que representa - e, da mesma forma, uma versão diferente das vistas anteriormente. É quando entra em cena o grande trunfo do longa-metragem: o humor". Leia a crítica completa.
Homem-Aranha no Aranhaverso (2018), direção: Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman
Nota: 4/5
Crítica: "A conexão do espectador com Morales é feita basicamente de imediato pois existe uma aproximação sincera desde a primeira cena – seja com a relação que tem com os pais ou com a admiração que tem pelo misterioso tio –, e impulsiona o filme a ganhar uma aura séria, pouco importando se foi feito 100% por computador". Leia a crítica completa.
Homem-Aranha: Longe de Casa (2019), direção: Jon Watts
Nota: 3,5/5
Crítica: "O clima juvenil repleto de piadas deixa Peter Parker para se alojar em seus amigos. Em alguns momentos funciona muito bem. [...] É nesta necessidade ao entrar em ação que Longe de Casa apresenta sua primeira contradição, ao ignorar por completo o conceito do "grandes poderes trazem grandes responsabilidades" para inserir dúvidas acerca dos sacrifícios exigidos em ser um super-herói". Leia a crítica completa.