Tobey Maguire pode ter interpretado o primeiro Peter Parker nos cinemas e Tom Holland, conquistado a todos com sua versão mais recente do Cabeça de Teia, mas Andrew Garfield também teve seu momento, quando deu vida ao personagem em O Espetacular Homem-Aranha (2012) e na sequência A Ameaça de Electro (2014). Os filmes de Marc Webb alavancaram a carreira do ator americano, mas de uma forma diferente da esperada. Garfield resolveu ficar longe dos blockbusters e se tornou um dos queridinhos do cinema mais conceituado. Por isso, o AdoroCinema resolveu mostrar o que o segundo Homem-Aranha das telonas tem feito desde que interpretou o super-herói.
Broad Green Pictures - © Broad Green Pictures
Andrew Garfield estreou na TV e no cinema em 2007, quando participou da terceira temporada de Doctor Who e atuou nos filmes Rapaz A e Leões e Cordeiros, longa em que contracenou com Tom Cruise, Meryl Streep e Robert Redford. Dois anos depois, interpretou o assistente do personagem de Christopher Plummer em O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus (2009). Mas 2010 foi um divisor de águas na carreira de Garfield. Após protagonizar Não Me Abandone Jamais ao lado de Carey Mulligan, deu vida ao brasileiro Eduardo Saverin em A Rede Social, sendo indicado ao BAFTA e ao Globo de Ouro pelo papel.
Mark Rogers - © Cross Creek Pictures Pty Ltd
A elogiada performance do ator no filme de David Fincher abriu portas para o papel de maior destaque de sua carreira: Peter Parker, em O Espetacular Homem-Aranha 1 e 2, estrelando a franquia ao lado de Emma Stone (com quem namorou na época). Apesar da atuação de Garfield ter sido bem-recebida (os aracnologistas Yuri M. Marusik e Alireza Zamani chegaram a nomear uma nova espécie de aranha em homenagem ao ator!), a Sony e a Marvel Studios firmaram um acordo para integrar o Cabeça de Teia no UCM, descartando o roteiro do terceiro filme do reboot, após a saga sofrer grandes críticas.
Depois de reprisar seu papel como Homem-Aranha em 2014, Garfield estrelou o filme 99 Casas, ao lado de Michael Shannon e Laura Dern. Dois anos depois, veio a primeira indicação (até agora) ao Oscar de Melhor Ator por Até o Último Homem. Na história, ele interpretou o primeiro soldado na história americana a receber uma Medalha de Honra sem disparar um único tiro, durante a Batalha de Okinawa. Ainda em 2016, coprotagonizou Silêncio ao lado de Adam Driver. No longa de Martin Scorsese, os dois deram vida a padres jesuítas portugueses que viajam ao Japão à procura de seu mentor.
Em 2017, o ator participou da peça teatral Angels in America, aclamada obra dividida em duas partes: Millennium Approaches e Perestroika. A produção aborda a crise da AIDS na Nova York da década de 1980 e lhe rendeu um Tony Awards de Melhor Ator. No mesmo ano, o moço protagonizou a biografia Uma Razão Para Viver, contracenando com Claire Foy. Já 2018 trouxe Garfield em Under the Silver Lake (2018), filme de David Robert Mitchell (Corrente do Mal) que mistura comédia e mistério.
Depois de tantas performances de sucesso, o ator tem confirmado ano após ano que talento é o que não falta! E ele continua com a agenda lotada para o futuro. Garfield está escalado para Mainstream, o novo filme da diretora Gia Coppola; vai contracenar com Jessica Chastain em The Eyes of Tammy Faye; protagonizar Instrumental, longa que contará a história de vida do pianista James Rhodes; e está cotado para estrelar Tick, Tick… Boom!, adaptação do musical da Broadway dirigida por Lin-Manuel Miranda. Ainda em processo de finalização, nenhuma das produções tem data de estreia.
Enquanto isso, Tom Holland assume o traje do Spidey em Homem-Aranha: Longe de Casa, que já está em cartaz nos cinemas brasileiros.