Brasil, 2027. No cenário do novo filme de Gabriel Mascaro (Boi Neon), o dono do título de "maior festa do país" não é mais o Carnaval, mas sim a festa do Amor Supremo, grande celebração religiosa que reúne fieis que aguardam o retorno de Messias. Divino Amor, filme protagonizado por Dira Paes na pele de uma religiosa cuja automissão é salvar casamentos, estreia esta quinta-feira (27) contando uma distopia que, na verdade, surpreende por não ser tão absurda assim.
O AdoroCinema conversou com Mascaro e Paes, que refletiram sobre a contemporaneidade da obra. "Hoje, parece que o 2027 já chegou. É algo que eu reconheço", diz a atriz ao explicar que, apesar do filme não ter sido concebido há menos de um ano, ele dialoga diretamente com a realidade do Brasil atual.
"Temos de reconhecer que o nosso estado brasileiro está deixando de ser um estado laico", continua Paes, antes de Mascaro falar sobre o movimento que Divino Amor traz: "Ele faz um movimento um pouco inverso; você tem ali uma distopia, uma tradição, que é criar um personagem que luta contra o sistema. Mas queríamos o contrário, queríamos uma personagem que, ao invés de lutar contra, quer ainda mais que a força do sistema oprima. O Brasil de Joana tem a fé no futuro".
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