Em 28 de junho comemora-se o Dia do Orgulho LGBTQI+, data que marca o aniversário das Revoltas de Stonewall, evento conhecido como o início do movimento pelos direitos da comunidade. Para celebrar a diversidade de gênero e sexualidade e o longo caminho percorrido na luta desde essa data tão importante, o AdoroCinema preparou uma lista de momentos icônicos da TV e do cinema que resumem muito bem a sensação de orgulho que esse dia representa!
Lito e Nomi
Sense8 nos presenteou com vários momentos que homenageiam a comunidade LGBT, como nenhuma outra série já ousou fazer. Criado pelas diretoras transgênero Lily e Lana Wachowski, a série de ficção científica é uma grande celebração da diversidade, focando na força da aceitação e da união. Entre surubas, paradas e grandes declarações de amor, um momento que se destaca é a conversa íntima entre Nomi (Jamie Clayton) e Lito (Miguel Ángel Silvestre). Nela, a hacker divide uma experiência particularmente violenta que ela sofreu na infância por conta de sua identidade de gênero, deixando a importante mensagem de autoaceitação, ao declarar que a pior violência é aquela que praticamos contra nós mesmos, por medo de ser quem somos.
Um casamento
Também conhecida por trazer muita representatividade, Glee é cheia de momentos LGBTs inspiradores. Em sua temporada final, a série celebrou dois casais favoritos de fãs, Brittany e Santana (Naya Rivera e Heather Morris) e Kurt e Blaine (Chris Colfer e Darren Criss) com um casamento em conjunto, um momento inesquecível para a história da televisão, que exalta todas as formas de amor. Além de vermos nossos ships do coração selarem sua união de maneira grandiosa, a cerimônia ainda foi responsável por trazer uma cena poderosa em que Brittany apoia sua noiva, confrontando sua avó homofóbica. No fim das contas tudo fica bem e a abuela acaba comparecendo ao casamento, mas a lição que Brittany e Santana nos ensinaram permanece: dê valor a quem te aceita como você é, os preconceituosos que se danem!
O caminho percorrido
Quando Ellen foi ao ar tudo ainda era mato! Para chegarmos aonde estamos, pessoas tiveram que abrir o caminho e a obra da década de 1990 estrelada por Ellen DeGeneres é prova. Sem o histórico "The Puppy Episode", em que a personagem assumiu sua sexualidade, as séries que ocupam os primeiros dois lugares dessa lista sequer poderiam existir. No momento que ficou para a história como a primeira vez que uma protagonista de sitcom se assumiu gay, Ellen abre seu coração para a amiga lésbica Susan (Laura Dern) em um aeroporto e, acidentalmente, acaba falando no microfone e revelando sua identidade para todos no recinto.
A revelação causou muita controvérsia, gerando ameaças de bombas no set de filmagem e ameaças até a Oprah, que faz participação no episódio, além do cancelamento da série, uma temporada mais tarde. Felizmente, DeGeneres conseguiu se recuperar desse baque em sua carreira e, hoje em dia, é não só vista como um ícone da comunidade LGBT, como também recebe o devido reconhecimento pela mudança que sua corajosa saída do armário gerou na TV.
Todo mundo merece uma história de amor!
A primeira comédia romântica gay a ser lançada por um grande estúdio de cinema, Com Amor, Simon é um marco para a história da comunidade LGBT nas telonas. Repleto de cenas emocionantes em relação a saída do armário de seu protagonista, como os discursos de aceitação feitos por seus pais, um momento do filme que definitivamente merece ser relembrado é o convite de Simon para que Blue revele sua identidade. Tomando as rédeas de sua narrativa, depois de ter sua sexualidade exposta nas redes sociais por um colega de classe, o adolescente aproveita para revelar aquilo que todos têm em comum, seus medos, declarando que independente de quem você é, sempre é aterrorizante se mostrar para o mundo. Aproveitando o pique da coragem, Simon também perde o medo de deixar tudo romântico para caramba, afinal de contas, todo mundo merece uma bela história de amor para chamar de sua!
Nossos corações e corpos são nos dados apenas uma vez
Vencedor do Oscar pelo roteiro de James Ivory, Me Chame Pelo Seu Nome é um filme cheio de sequências extremamente marcantes e poéticas. Muito lembrado pela fatídica cena do pêssego, quando se trata do tema LGBT, um momento que ficará imortalizado na história do cinema é o emocionante discurso que o Sr. Perlman (Michael Stuhlbarg), pai de Elio (Timothée Chalamet), faz no fim do filme. Vendo o filho arrasado pela perda do seu primeiro grande amor, ele declara não se importar com o romance do menino com uma pessoa do mesmo gênero e ainda o aconselha a não evitar seus sentimentos, porque matando a dor se mata também a felicidade que veio antes. "Não sentir nada para não sentir alguma coisa, que desperdício!" Com palavras sábias como essa, é impossível não ser oscarizado!