Junho é o mês do Orgulho LGBTQI+. Comemorado internacionalmente no dia 28, a data tem como principal objetivo conscientizar a todos sobre a importância de combater a homofobia. Infelizmente, filmes e séries com essa temática ainda são escassos — em 2018, Hollywood produziu apenas 14 filmes com personagens LGBT. Assim, para exaltar as produções já existentes, o AdoroCinema selecionou 5 filmes para comemorar e refletir sobre a data e o que ela significa, de maneira sensível e pertinente. Confira:
Com Amor, Simon
Simon Spier (Nick Robinson) é um jovem de 17 anos com o que parece ser um vida perfeita. Porém, ele esconde um grande segredo: ainda não contou para os pais ou amigos que é gay. Quando ele se apaixona por um colega da escola com quem troca mensagens online — conhecido apenas como Blue —, tudo fica ainda mais complicado. Ao mesmo tempo em que ele tenta descobrir quem é aquela pessoa que tanto lhe entende, tenta tomar coragem de se revelar para os mais próximos, o que não é fácil para ele, por mais que esteja num cenário de muito apoio e amor.
Dirigido por Greg Berlanti (produtor de Arrow, Supergirl e The Flash), Com Amor, Simon é um filme fofo e importante. Baseado no livro "Simon vs. a agenda Homo Sapiens", de Becky Albertalli, conta a história sem reforçar estereótipos e abrindo várias portas para produções do tipo.
A Criada
Coreia do Sul, anos 1930. Durante a ocupação japonesa, a jovem Sook-Hee (Kim Tae-ri) é contratada para trabalhar para uma herdeira nipônica, Hideko (Kim Min-Hee), que leva uma vida isolada ao lado do tio autoritário. Só que Sook-Hee guarda um segredo: ela e um vigarista planejam desposar a herdeira, roubar sua fortuna e trancafiá-la em um sanatório. Tudo corre bem com o plano, até que aos poucos, as duas se apaixonam. As quase três horas de duração de A Criada são justificadas: quando você pensa agora sim, eu entendi o que está acontecendo, a narrativa vai lá e te surpreende de novo.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
Dirigido por Daniel Ribeiro, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho acompanha Leonardo (Ghilherme Lobo), um adolescente cego que tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel (Fabio Audi) chega na cidade, novos sentimentos começam a surgir no jovem, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.
Inspirado no curta-metragem Eu Não Quero Voltar Sozinho, o longa foi escolhido para representar o Brasil na disputa do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro 2014. Além disso, foi o grande vencedor do Prêmio FIPRESCI e do Teddy Award no Festival de Berlim 2014.
Tangerine
Em Tangerine, Sin-Dee Rella (Kitana Kiki Rodriguez) é uma travesti, prostituta, que acaba de sair de uma “temporada” de 28 dias na prisão. Ao reencontrar a melhor amiga, Alexandra (Mya Taylor), acaba descobrindo acidentalmente que o namorado e cafetão, Chester (James Ransone), a está traindo. Filmado inteiramente com uma câmera de celular, o longa se tornou o queridinho das temporadas de premiação do cinema independente — eleito melhor ficção de temática LGBT no Festival do Rio 2016
Meninos Não Choram
A jovem Teena Brandon (Hilary Swank) sempre se sentiu diferente, incompatível com seu corpo feminino. Ao cortar os cabelos e se vestir de homem, ela adota a identidade de Brandon Teena para viver em uma pequena cidade rural dos Estados Unidos. Brandon conhece uma garota (Chloë Sevigny) e se apaixona, mas neste local conservador, ele terá dificuldades em passar despercebida.
Meninos Não Choram surpreende pela sensibilidade e respeito com que aborda a questão da transexualidade, e pela atuação marcante de Swank, vencedora do Oscar pelo papel. O filme também venceu nada menos que 46 outros prêmios internacionais.
Em homenagem a esse dia especial, o Telecine Play criou a playlist Orgulho LGBTQI+. E aí, vamos celebrar esse dia com várias histórias que celebram o amor e todas as suas nuances?