Em uma nova entrevista concedida ao Deadline, o diretor James Gunn falou sobre o seu desligamento da Marvel anunciado em julho de 2018 e sua posterior recontratação para Guardiões da Galáxia Vol. 3.
"Aquele primeiro dia, eu vou dizer que foi o mais intenso de toda a minha vida," contou sobre o dia do anúncio da demissão. "Houve outros dias difíceis na minha vida, do momento em que eu fiquei sóbrio quando era mais novo, às mortes de amigos que cometeram suicídio. Mas isso foi incrivelmente intenso. Aconteceu, e de repente parecia que tudo havia chegado ao fim. Eu simplesmente sabia, em um momento que aconteceu muito, muito rápido, que eu havia sido demitido. Senti que minha carreira havia chegado ao fim."
O cineasta explica que as demosntrações de carinho que recebeu tanto de fãs, colegas e família o ajudaram a ver o lado positivo da situação.
"Não culpo ninguém. Eu me sinto e me já me senti mal por um tempo sobre algumas das formas em que falei publicamente; algumas das piadas que eu fiz, alguns dos alvos do meu humor, as consequências não-intencionais de não ter mais compaixão sobre o que eu estou colocando no mundo," confessou. "Sei que pessoas se sentiram mal por algumas das coisas que eu disse, e isso ainda é minha responsabilidade, que eu não tive compaixão como deveria ter tido. Assumo total responsabilidade. A Disney tinha o total direito de me demitir. Não foi uma questão de liberdade de expressão. Eu falei algo que eles não gostaram e eles tinham o direito de me demitir. Nunca houve argumento quanto a isso," bateu o martelo.
Após a demissão, que veio em decorrência de alguns tuítes controversos e de mau gosto que ressurgiram nas redes sociais, James Gunn foi contratado pela Warner Bros. para dirigir o novo Esquadrão Suicida, que ele elege como o roteiro mais divertido em que já trabalhou desde Madrugada dos Mortos. Posteriormente, Gunn reinistituído pela Disney ao comando de Guardiões 3.
"Eu não queria olhar para trás e me sentir amargo, triste ou com raiva. É claro que há todo tipo de emoção, mas eu só queria me sentir confortável dizendo adeus [à Disney] e me separar, e era onde o meu pensamento estava naquele momento, mesmo no início das reuniões [com a Disney e Bob Iger] que eu tive depois de tudo ter acontecido."