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    Detetive Pikachu: Dublador nacional do Pokémon conta como equilibrou acidez e fofura (Entrevista exclusiva)

    Philippe Maia trouxe gírias de diversos Estados brasileiros para o personagem.

    Na última quinta-feira, dia 09, uma das maiores “fofuras” da cultura pop tomou conta das telonas brasileiras em Pokémon: Detetive Pikachu. Pela primeira vez, o personagem tem a capacidade de falar nos cinemas e ele é bem mais malandro do que imaginávamos.

    Se no original o Pikachu é dublado por Ryan Reynolds e todo o seu ar cômico, a versão original traz o protagonista com a voz de Philippe Maia, que além do gingado brasileiro, entregou ao Pokémon diversas gírias que vemos por aqui enquanto segue com a linha do trabalho do ator norte-americano.

    Em entrevista exclusiva ao AdoroCinema, o dublador contou como encontrou o meio termo entre a acidez e a fofura do Pikachu que, apesar da aparência, tem humor afiado e é ágil nas piadas. “O importante é sempre assistir um pouco antes, observar em silêncio para poder pegar todos os detalhes, as nuances, as pausas, as respirações que aí você consegue fazer um bom trabalho. É um trabalho de muita observação e sentimento”, disse.

    Também ator, Philippe já foi a voz de Ryan Reynolds algumas vezes e contou que isso também o ajudou na hora de fazer o Pokémon: “Fomos tentando fazer a emoção mais verdadeira, não podia ser ácido o tempo inteiro, mas não podia ser tão fofinho e bobinho para ter nuances de cada momento e a gente achou um meio termo”.

    Para que o amarelinho tenha um “quê” brasileiro, Maia revelou que deu o tom de falar do país e também acrescentou alguns termos que surgiram sem querer, enquanto outros foram durante o processo de preparação. “Quando fizemos o primeiro trailer eu coloquei: ‘Eu vou eletrocutar você, malandro’, e isso funcionou. Em seguida, foi para a legenda e mantivemos essa fala no filme. Mas são momentos específicos, a expressão ‘guri’ também foi muito usada e isso foi meio que um brainstorming entre a direção a produtora brasileira do filme”, contou.

    Há uma certa cena no filme em que o Pikachu resolve cantar uma música bem conhecida pelos fãs da franquia e, para o dublador, este momento foi um grande desafio: “Quando eu tive que cantar a faixa tema do Pokémon foi desafiador porque ele canta em um tom depressivo, triste, desafinando”.

    “Mas as cenas de emoção, de sentimento foram as mais difíceis para encontrar o tom certinho e sair daquele tom mais ácido, mais brincalhão e ir para o sentimento sem deixar ele fofinho e bobinho demais porque o Pikachu não é tão bobinho assim”, concluiu.

    O primeiro filme live-action de Pokémon acompanha a inusitada parceria entre o ratinho elétrico e Tim (Justice Smith), em busca do desaparecido pai do jovem. Com Ken Watanabe, Bill NighyChris GeereSuki Waterhouse no elenco, Pokémon: Detetive Pikachu está em cartaz em diversos cinemas no Brasil.

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