Nilo Perequê é a estrela do programa humorístico “Chorar de Rir”, sucesso absoluto na TV. Quando ganha o prêmio de melhor comediante do ano, no entanto, ele decide dar uma guinada na carreira, passando a se dedicar ao drama - para o desespero do empresário e dos familiares. Esse é o fio condutor de Chorar de Rir, comédia que estreia nesta quinta-feira, 21, protagonizada (mais uma vez) por Leandro Hassum.
“O Nilo tem uma imaturidade: apesar de toda sua certeza profissional, ele precisa provar para fora”, para os outros, a sua versatilidade, explica o intérprete do personagem. “E não é assim que se prova”, garante o ator, em entrevista ao AdoroCinema.
Para fechar essa conta, Hassum usa um exemplo da vida pessoal. “Quando eu resolvi emagrecer e todo mundo disse ‘o Hassum perdeu a graça’, eu comecei a ficar muito reativo. Quando eu descobri que eu só vou provar que eu não perdi a graça trabalhando”.
Tendo levado tantos espectadores aos cinemas quanto quilos perdidos desde que passou por uma cirurgia bariátrica em 2014 (não, não se trata de uma conta exata aqui, só estamos garantindo a metáfora matemática), o fato é que, como “Rei da Comédia” no país (assento que divide com Paulo Gustavo), ele tem lugar cativo de fala quando o assunto é humor. Uma clara vantagem em relação a Meryl Streep. Meryl Streep???
Reza a lenda que a história de Chorar de Rir teve seu marco zero quando o diretor do filme, Toniko Melo (VIPS), assistiu a uma entrevista da diva hollywoodiana na qual ela confessava seu temor em fazer comédias.
Comparando o humor antes e após a popularização das redes sociais, Hassum tasca: “Hoje em dia, sem desmerecer, mas ele pode testar uma piada no Instagram dele e, se der certo, ele coloca no show. Nós não tínhamos isso, o Chico Anysio não tinha nada disso, a Meryl Streep não tem esse universo”.
Ele, no caso, é Rafael Portugal, o comediante do Porta dos Fundos, que vive Jotapê Santana, o rival de Nilo Perequê. E o ponto que Hassum defende (e defende a Meryl Streep por tabela) é que sair da zona de conforto gera insegurança (até mesmo para ela).
Confira no vídeo acima a entrevista completa, que conta, ainda, com Caito Mainier e Carol Portes, além de Portugal.