Responsável por celebrar a representatividade LGBT, o GLAAD Media Awards anunciou que Bohemian Rhapsody não estará entre os indicados ao prêmio deste ano, por conta das novas acusações de abuso sexual envolvendo o diretor Bryan Singer.
Uma recente reportagem publicada pela Atlantic afirma que o cineasta teve encontros sexuais com quatro homens, menores de idade, durante a década de 90, entorpecendo-os com álcool e drogas. Um deles ainda acusa Singer de ter tocado em suas partes íntimas quando ele tinha apenas 13 anos, no set de filmagens de O Aprendiz.
Por sua vez, o diretor respondeu tais acusações, chamando a peça jornalística de homofóbica e alegando que só ela deseja chamar atenção com as recentes indicações de Bohemian Rhapsody ao Oscar. Anteriormente processado por estupro duas vezes, vale lembrar que Singer foi demitido no fim das gravações da biografia, por ausência e problemas com o protagonista Rami Malek. A intenção da equipe é cortar qualquer relação com seu nome, tanto que Bryan nem foi mencionado quando o filme ganhou o Globo de Ouro.
"Diante das novas denúncias, GLAAD tomou a difícil decisão de retirar Bohemian Rhapsody dentre os candidatos da categoria de melhor filme. A revelação das irreparáveis dores sofridas por jovens homens não pode ser ignorada, nem brevemente premiada. A resposta de Singer usou o termo 'homofobia' erroneamente para desviar a atenção das alegações. O GLAAD implora para mídia sempre colocar as necessidades dos sobreviventes em primeiro lugar", diz a declaração oficial.
A lista completa de indicados ao GLAAD Media Awards será revelada na sexta-feira 25/01.