Ha ha ha ha ha, mas a Netflix está rindo à toa...
Os vencedores do Oscar só serão revelados em 24 de fevereiro, mas a 91ª edição da cerimônia já rendeu um recorde histórico para a Netflix. O serviço de streaming recebeu 15 indicações ao prêmio da Academia — quase o dobro das 8 disputas que concorreu no ano passado.
Boa parte desse número vem de Roma, o elogiado projeto de Alfonso Cuáron que lidera a briga (ao lado de A Favorita), com 10 indicações. Graças ao drama, também é a primeira vez que a Netflix tem um representante na categoria de melhor filme, além de fazer sua estreia em outras disputas importantes, como direção e melhor atriz (Yalitza Aparicio). Por sua vez, a produtora Gabriela Rodriguez se tornou a primeira mulher hispânica a concorrer na categoria principal.
Somando a isso, The Ballad of Buster Scruggs surpreendeu ao ser lembrada 3 vezes na lista, enquanto a plataforma também é responsável por dois curtas concorrentes: End Game, de Rob Epstein e Jeffrey Friedman; e End of Sentence, de Melissa Berton.
Até então, a Netflix tinha conseguido justamente 15 indicações (olha a coincidência!) durante sua história, já saindo vitoriosa em 2018, com o documentário Ícaro. Aos poucos, isso mostra como o preconceito contra os filmes advindos de serviços de streaming começa a cair. Um cenário bem diferente da época quando Beasts of Nation foi boicotado, anos atrás, mesmo sendo elogiado pela crítica. Por sua vez, a luta não chegou ao fim. Basta lembrar como a plataforma ficou fora da competição no Festival de Cannes 2018. Além disso, nomes como Steven Spielberg já se posicionaram contra indicações de tais produções no badalado prêmio.
Enquanto isso, a Netflix investe US$ 20 milhões na campanha de Roma no Oscar e ainda exibiu o longa em alguns cinemas, ao redor do mundo. A Academia será ousada a ponto de dar seu principal prêmio para um filme da plataforma? É esperar para ver! Acompanhe a cobertura completa do AdoroCinema, através do site e das nossas redes sociais.