Passada a premiação do 26ª Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, que consagrou Sócrates entre os filmes brasileiros e Conquistar, Amar e Viver Intensamente entre os estrangeiros, é hora de fazer um balanço da edição 2018.
As sessões se prolongam até o dia 25 de novembro, portanto ainda é possível ver ou rever os principais destaques pelos cinemas de São Paulo. Mesmo assim, os críticos do AdoroCinema já elegeram os seus favoritos, entre surpresas e filmes de diretores confirmados:
Barbara Demerov
1. Sócrates (Brasil), de Alex Moratto
2. Loucas Noites com Emily (EUA), de Madeleine Olnek
3. O Sussurro do Jaguar (Brasil), de Thaís Guisasola e Simon Jaikiriuma Paetau
"Sócrates, que recentemente recebeu indicações ao Spirit Awards, é mais um exemplar do cinema brasileiro que merece ser exibido ao mundo. Alex Moratto faz um excelente trabalho de direção e imersão a uma vida comovente e, sobretudo, real. Seu filme conversa diretamente com jovens, não só brasileiros, que têm de lidar com a incompreensão e a solidão. Loucas Noites com Emily talvez seja uma das produções mais interessantes desta edição do Mix Brasil, pois conta sob uma ótica bem diferenciada da vida de Emily Dickinson, poetisa que infelizmente não conheceu sua real fama ainda em vida. O Sussurro do Jaguar surge como um oásis no meio do deserto. E não é só por sua fotografia, excepcionalmente bela, que capta os detalhes da natureza amazônica. Esta road trip tem um pouco de tudo: amor, lembranças, mistério, dúvidas, caronas, conversas e muita reflexão".
Bruno Carmelo
1. Nós, os Animais (EUA), de Jeremiah Zagar
2. Bixa Travesty (Brasil), de Cláudia Priscilla e Kiko Goifman
3. Marilyn (Argentina), de Martín Rodríguez Redondo
"Talvez a edição deste ano tenha sido a mais forte em muito tempo no que diz respeito aos longas-metragens de ficção, em particular. Tivemos a excelente oportunidade de descobrir filmes como Nós, os Animais e Marilyn, ainda sem distribuição garantida no Brasil, além de projetos experimentais como Narcissister Organ Player e A Seda e o Fogo, fundamentais para a diversidade de festivais como o Mix Brasil. Alguns documentários não empolgam tanto - vide Kevyn Aucoin e Terrence McNally, mais próximos da reportagem -, mas o saldo da seleção foi amplamente positivo. É ainda mais gratificante assistir a representantes brasileiros do nível de Bixa Travesty e O que Resta. Ah, é importante ressaltar o aumento de produções sobre homoafetividade feminina, o que tornou o Mix Brasil mais equilibrado e inclusivo".
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