Um apartamento no centro de São Paulo, dois romances que se cruzam e uma fita cassete cheia de sucessos orquestram as nuances de Todas as Canções de Amor, que acaba de chegar aos cinemas. Depois de se eleger o melhor filme brasileiro segundo o júri da crítica na Mostra SP 2018, o público agora vai conhecer as histórias dos casais Ana (Marina Ruy Barbosa) e Chico (Bruno Gagliasso) e Clarice (Luíza Mariani) e Daniel (Júlio Andrade).
"É um filme que fala de começo de relacionamento, de separação também. De aprender a se relacionar e a ceder", explicou Marina Ruy Barbosa em entrevista ao AdoroCinema. O roteiro e a direção ficam por conta de Joana Mariani, que também mergulhou em música para esse projeto autoral: "Não é um filme autobiográfico, mas [...] veio de uma vontade que eu tive, das separações que eu vivi na minha vida, de falar dessa questão da finitude".
No longa, recém-casados se mudam para um apartamento e encontram uma fita cassete com a identificação "todas as canções de amor". A partir daí, as músicas traçam um paralelo entre o tempo contemporâneo e os anos 90, quando um outro casal ocupava o imóvel. Na trilha sonora estão hits como "Codinome Beija-flor", "Não Aprendi Dizer Adeus", "Drão" e ainda uma versão de "I Will Survive" interpretada por Iza, Liniker, Nina Maia e Maria Gadú — Gadú inclusive assina a direção musical do longa.
Dada a importância da música para a linha narrativa, a produção também providenciou uma forma para que os atores pudessem escutar as canções durante as cenas: "Éramos só nós ouvindo as músicas porque usávamos um ponto. E elas conduzem bastante [a trama], mas o olhar da Ana, personagem da Marina, também", lembrou Gagliasso. Inspirada pelas canções da fita, a personagem começa a escrever um livro e mergulha na própria imaginação.
Todas as Canções de Amor já está em cartaz nos cinemas; assista à entrevista completa no vídeo acima.