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Está começando a 42ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo! O principal evento do ano para os cinéfilos paulistanos acontece entre os dias 18 e 31 de outubro, apresentando mais de 300 filmes inéditos, muitos deles sem distribuição garantida no Brasil - ou seja, essa pode ser uma oportunidade única de vê-los na tela grande.
A Mostra também é um momento de descobrir novos diretores, apostar em filmes inusitados, além de participar de debates com os convidados e encontrar outros cinéfilos tão dedicados quanto você. Mas como escolher os filmes entre centenas de títulos?
O AdoroCinema te ajuda com esta pequena lista de 15 filmes imperdíveis, em ordem aleatória. Já escolheu os seus?
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1) A Casa que Jack Construiu, de Lars von Trier
Todo festival que se preze tem o seu filme polêmico, do tipo "ame ou odeie", para gerar debates nos bastidores. Lars von Trier deve ocupar o posto este ano com A Casa que Jack Construiu, mistura de suspense sangrento e comédia de humor negro. Na trama, um assassino em série (Matt Dillon) confessa ter matado dezenas de pessoas por prazer. O próprio criminoso faz a "curadoria" das cinco mortes mais especiais para compartilhar com Virgílio (Bruno Ganz) e com o espectador. De arrepiar.
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2) Assunto de Família, de Hirokazu Kore-eda
Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2018, o drama constitui o novo projeto de um dos diretores japoneses mais queridos do circuito nacional: Hirokazu Kore-eda, cujos O Terceiro Assassinato, Depois da Tempestade e Pais & Filhos foram grandes sucessos do circuito alternativo. Desta vez ele investiga uma família de ladrões formada não por laços de sangue, e sim por afinidades. Prepare-se para rir e para chorar.
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3) Guerra Fria, de Pawel Pawlikowski
Enquanto Assunto de Família levou o prêmio máximo em Cannes, este drama histórico ficou com outro troféu muito cobiçado no festival francês: o prêmio de melhor diretor para Pawel Pawlikowski, o mesmo de Ida. O polonês investe na história de amor entre um professor e uma cantora ao longo dos vários anos de guerra na Europa. O casal se encontra e se perde diversas vezes ao longo dos anos e através dos países. A beleza das músicas e das imagens é de tirar o fôlego.
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4) Em Chamas, de Lee Chang-dong
Se ao invés de uma história de amor você preferir algo mais sombrio, uma boa pedida é este suspense sul-coreano, que recebeu a maior nota dos críticos - pela revista Screen - na história do Festival de Cannes. Na trama adaptada do romancista Haruki Murakami, um rapaz descobre que o melhor amigo de sua amada tem um passatempo muito estranho, e se torna paranoico na intenção de detê-lo. Contar mais estragaria a surpresa: vá e veja por si mesmo. A viagem é hipnotizante.
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5) El Ángel, de Luis Ortega
Representante da Argentina na corrida ao Oscar, este suspense biográfico se tornou um dos maiores fenômenos de bilheteria na história do cinema argentino. A história apresenta Carlos Robledo Puch, um famoso assassino em série que cometeu mais de onze mortes e quarenta roubos durante a adolescência, e se tornou uma celebridade local devido ao rosto angelical. Para você ver que as aparências realmente enganam...
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6) A Favorita, de Yorgos Lanthimos
Os fãs dos corrosivos O Lagosta e Dente Canino podem ficar de olho porque a Mostra traz o novo filme do diretor grego Yorgos Lanthimos, com um elenco de peso: Emma Stone e Rachel Weisz interpretam duas mulheres influentes dentro da corte inglesa no século XVIII, disputando a atenção da rainha Ana (Olivia Colman). A história de paixões, traições e crime é retirada de fatos reais, e desponta como forte candidata ao Oscar para suas atrizes e seu roteiro.
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7) Infiltrado na Klan, de Spike Lee
Meio sumido nos últimos anos, Spike Lee volta à boa forma com esta comédia também baseada numa história real e improvável: um policial negro (John David Washington) consegue se infiltrar na Ku Klux Klan, organização racista e fortemente armada, e desmontá-la por dentro com a ajuda de um policial branco (Adam Driver) que se passa por ele nas reuniões do grupo. Além de colocar o dedo nas feridas da questão racial nos Estados Unidos, Lee faz críticas diretas a Donald Trump.
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8) Tarde para Morrer Jovem, de Dominga Sotomayor
Vencedor do prêmio de melhor direção no festival de Locarno, esta coprodução entre Chile, Brasil e Argentina mostra a vida de três adolescentes nos primeiros anos de retorno da democracia ao Chile após a ditadura de Pinochet. Com a liberdade política, eles descobrem também os primeiros amores e primeiras decepções. Ao mesmo tempo, se preparam para a festa de Ano Novo e enfrentam os perigos da natureza.
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9) Temporada, de André Novais Oliveira
Vencedor do último Festival de Brasília, este belíssimo drama apresenta a vida de Juliana (Grace Passô), que se muda para a área metropolitana de Belo Horizonte quando é contratada pela prefeitura para ajudar na prevenção da dengue e outras doenças. Enquanto entra na casa das pessoas diariamente, ela tenta resolver os problemas com o casamento e com um trauma recente. Com este filme, o diretor André Novais Oliveira se firma como um dos maiores diretores brasileiros da nova geração.
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10) Asas do Desejo, de Wim Wenders
Além dos filmes inéditos, a Mostra também traz versões restauradas de alguns dos maiores clássicos da história do cinema. Desta vez, os fãs da sétima arte terão a oportunidade valiosa de ver na tela grande uma das obras principais de Wim Wenders, sobre dois anjos que vigiam a cidade e cuidam os habitantes. Quando um deles se apaixona por uma humana, ele decide abrir mão da imortalidade para se arriscar nesta história de amor.
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11) Central do Brasil, de Walter Salles
Outro clássico em exibição é Central do Brasil, que comemora 20 anos. O drama permite ver a atuação brilhante de Fernanda Montenegro no papel de uma mulher que ganha uns trocados escrevendo cartas para analfabetos na Central do Brasil. Percebendo um garoto abandonado na estação, aceita acompanhá-lo numa viagem ao Nordeste para encontrar a família. Vencedor do Urso de Ouro no festival de Berlim e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, ele permanece uma das principais obras do cinema nacional desde a retomada.
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12) Família Submersa, de Maria Alché
Entre a forte seleção latino-americana deste ano se encontra este drama coproduzido por Argentina, Brasil, Alemanha e Noruega. A diretora é Maria Alché, atriz principal de A Menina Santa, que demonstra forte influência de Lucrecia Martel para construir a história de uma mulher que acaba de perder a irmã. Mas ao invés de fazer uma pausa para o luto, ela precisa cuidar da casa, dos filhos e do marido. Mercedes Morán está excelente no papel principal, e a imersão nesta família de classe média é bastante realista.
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13) Operação Overlord, de Julius Avery
Nem só de dramas e suspenses vive a Mostra. Os fãs de filmes de gênero têm uma boa opção com esta mistura improvável entre filme de guerra e filme de zumbis. Quando soldados americanos são encarregados de investigar os planos nazistas, descobrem modificações genéticas e outras experiências sombrias. Pela imagem acima, você tem uma ideia do que está por vir... A produção é de J.J. Abrams, de Cloverfield e Star Wars.
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14) O Estado Contra Mandela e os Outros, de Nicolas Champeaux e Gilles Porte
A Mostra traz documentários do mundo inteiro, e preparou em 2018 uma seleção reservada ao centenário do nascimento de Nelson Mandela. Este filme chocante nasce de um desafio: mostrar o julgamento de Mandela e oito outros condenados por lutarem contra o apartheid, embora não existam imagens gravadas do evento. Para driblar o problema, os diretores editam 256 horas de áudio, usam jornais, fotos e até animação. Um documento importante para debater a questão racial hoje.
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Entre os atores que se lançam na direção, poucos obtêm o mesmo sucesso que Paul Dano conquistou com o seu primeiro filme. Elogiadíssimo na Semana da Crítica em Cannes, este drama mostra o divórcio turbulento entre um bombeiro (Jake Gyllenhaal) e sua mãe, uma dona de casa explosiva (Carey Mulligan) contado pelo ponto de vista do filho pequeno (Ed Oxenbould). Além das belíssimas imagens e trilha sonora, o diretor demonstra uma sensibilidade ímpar no retrato das dificuldades amorosas.