Com mais de 130 milhões de assinantes em todo o mundo, quantidade de pessoas superior à população de países como Japão e México, não é de se admirar que a Netflix movimente um dos maiores volumes de informação no planeta. No entanto, os números, quando analisados diretamente, elevam o assombro frente ao tamanho da gigante do streaming: de acordo com um relatório da Sandvine, a Netflix é responsável por 15% do tráfego mundial de informação (via Variety).
Nos períodos noturnos, a predominância da Netflix atinge índices ainda mais altos: o percentual de 15 pontos passa para 40. A Sandvine ainda aponta que o tráfego movimentado pela enorme companhia seria ainda maior caso os algoritmos de compressão de seus vídeos fossem menos eficientes; cada um dos conteúdos seria, assim, mais pesado, necessariamente alocando mais banda-larga dos provedores e usuários para que fossem exibidos.
Por mais que não divulgue o ibope de suas produções, os montantes supracitados são ferramentas de análise boas o suficiente para compreender o tamanho atingido pela Netflix, especialmente em meio ao impacto cultural que a inserção dos produtos de streaming causou nos hábitos de consumo dos espectadores ao redor do mundo. Cada vez mais consolidada no cenário sócio-cultural global, a Netflix prova uma vez mais que veio para ficar - algo que determinados setores da sétima arte e das telinhas terão que aprender a lidar.