Alan Kardec surgiu no Vasco da Gama, mas fez fama mesmo no São Paulo e no Palmeiras. “O Marcel Souto Maior, o escritor, lançou uma biografia do Kardec alguns anos atrás, me ligou para um café e disse: ‘Olha, o livro eu fiz, agora você tem a incumbência de levar essa história para o cinema’”, explicou o cineasta Wagner de Assis. Cedo demais para uma cinebiografia do jogador? Pode ser. Afinal, estamos falando de outro Kardec, o Allan (com dois l’s), a quem se atribui a paternidade do espiritismo (e lá se vão dois séculos).
Em junho, o AdoroCinema acompanhou um dia nas filmagens de Kardec, longa que acaba de ganhar data de estreia (16 de maio de 2019). E, na ocasião, teve a oportunidade de conversar com o diretor, o mesmo de Nosso Lar e A Menina Índigo; e com o ator Leonardo Medeiros, responsável por encarnar - com perdão do trocadilho - o ícone histórico.
“Muita gente acha que o Kardec era um médium, que recebia mensagem dos espíritos. Ele era um cientista, um homem da razão, um cara pragmático”, contesta Wagner. O diretor ainda completa: “[Ele] Entendia que fé e razão podem andar juntas, entendia que espiritualidade é uma coisa muito maior do que qualquer ‘ismo’, do que qualquer religião que segmente isso”.“Há pouca documentação sobre como ele era, ou quem ele era, poucas fotos. Então, não se fala muito da personalidade dele”, continua o intérprete.
O filme teve locações na França, como na igreja de Notre Dame, as margens do rio Sena, o Palais Royale (prédio onde Allan Kardec fundou a Sociedade Espírita na “vida real”, aliás). Para simular a Paris do séc. XIX, a produção filmou parte do longa no Museu Nacional, prédio histórico do Rio de Janeiro que foi consumido por um gigantesco incêndio no início de setembro - cenário da gravação acompanhada pelo AdoroCinema.
Confira a reportagem completa no vídeo acima.
