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    Fantastic Fest 2018: Filme Climax fecha noite do festival com rodada de sangria e muito Daft Punk

    Filme ousado de Gaspar Noé, estreia de Jonah Hill na direção e o brasileiro Morto Não Fala foram aplaudidos no evento que acontece em Austin.

    Divulgação

    A noite de segunda-feira terminou com cara de balada (e possível ressaca) no Fantastic Fest 2018, tudo graças à sessão do enérgico Climax, do cineasta Gaspar Noé. Provando que o evento passa longe dos festivais de cinema mais tradicionais, antes do início da projeção uma rodada de shots de sangria foi distribuída para todos os presentes brindarem, gritarem e entrarem no clima. 

    O tenso musical se passa nos anos 90 e acompanha um grupo de dançarinos franceses que se reúne numa escola vazia, em meio a uma floresta, para ensaiar uma coreografia e festejar a vida dançando ainda mais. Entre os comes e bebes, uma sangria supostamente deliciosa enche o copo de quase todos os presentes enquanto o DJ vira vinis com sons de Giorgio Moroder, Daft Punk e Aphex Twin. Conversas e casais se desenrolam até que alguém percebe: "alguma coisa está batendo".

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    A bebida batizada leva os festeiros a inexplicáveis momentos de loucura e começa então uma busca desenfreada por quem foi o responsável pela "bad trip" geral. Com o aviso de ser um filme "orgulhosamente francês" e ofensa gratuita aos americanos já nos primeiros minutos, Noé conduz uma vertiginosa movimentação com ritmo de videoclipe, abusando de planos sequência e trilha sonora bate-estaca sem descanso. Ao final, aplausos cansados receberam a tela escura, quase como se a audiência tivesse passado a última hora e meia dançando.

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    Os anos 90 e muita música também deram o tom de outro filme exibido nesta segunda: Mid90s, estreia do ator Jonah Hill na direção. Com um excelente casting de não-atores, Hill conta uma história de amadurecimento orgânica e bem amarrada, tendo o sol da Califórnia e a prática do skate como pano de fundo. Os diálogos divertidos e espirituosos chamam atenção: "Esse filme acontece nos anos 90 porque hoje em dia ninguém fica jogando conversa fora, está todo mundo olhando para o celular", comentou o diretor e também roteirista após a sessão.

    Completando um dia "multicultural", o brasileiro Morto Não Fala também foi exibido na tarde do Fantastic Fest. Protagonizado por Daniel de Oliveira, o terror de Dennison Ramalho conta a história do plantonista de um necrotério que tem a habilidade de conversar com os mortos. Antes de concluir seu trabalho, ele sempre dá uma última palavrinha com os corpos, até que um segredo revelado coloca toda sua família em desgraça.

    Bastante gráfico, o filme tem efeitos sonoros e visuais curiosos para acompanhar as falas dos defuntos e parece ter encontrado público certeiro no exterior. Ainda sem distribuidora no Brasil, o longa já teve seus direitos comprados pelo serviço de streaming norte-americano Shudder, da rede AMC, sem previsão de chegada ao país. A plataforma especializada em terror também levou a série original Deadwax para a programação do evento.

    Maior festival especializado em gênero nos Estados Unidos, o Fantastic Fest segue até o dia 27 de setembro prometendo filmes aguardados como Maus Momentos no Hotel Royale, Burning e O Homem que Matou Dom Quixote. Continue acompanhando a cobertura do AdoroCinema no nosso site e nas redes sociais! 

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