Estreia da semana, O Paciente - O Caso Tancredo Neves procura trazer respostas sobre a morte do presidente eleito em 1985 e jamais empossado. Com Othon Bastos no papel de Tancredo, o thriller acompanha os últimos dias do político e o clima ambíguo de esperança e desespero que tomou conta do país quando, na data da posse, o presidente seguia hospitalizado.
Em entrevista exclusiva ao AdoroCinema, o protagonista Bastos, o diretor Sérgio Rezende e também os atores Emílio Dantas (Antonio Britto) e Esther Góes (Risoleta Neves) conversaram sobre o caso que abalou o país e também sobre como foi reviver a história no cinema. "Muita coisa aconteceu naqueles dias e a gente precisava ser rápido", explicou o diretor, que ainda definiu o ritmo do filme como "pau na máquina".
O roteiro se apoia na densa investigação de Luís Mir publicada no livro homônimo e escancara a sequência de erros médicos que levaram Tancredo Neves à morte. À época, a forma como a doença do presidente foi comunicada à população gerou boataria e especulação. "Não era nem fake news, era 'atrasada' news - e às vezes a informação era manipulada também", comentou Emílio Dantas num paralelo com a situação atual.
A caracterização de Othon Bastos também deve impressionar o público, apesar de simples: "Eu só mexi no cabelo! Dei sorte que, quando coloquei o cabelo, até a Esther [Góes] comentou que era o Tancredo na frente dela. Disso eu fui me adaptando ao Tancredo: como ele poderia andar, sentar... E a dor que ele sentia", explicou. Completam o elenco Paulo Betti, interpretando o famoso Dr. Pinotti, Leonardo Medeiros (Dr. Pinheiro Rocha) e Otávio Müller (Dr. Renault). Acompanhe a entrevista completa acima!