As buscas realizadas por escritores para a composição de biografias frequentemente revela segredos muito bem escondidos ou eventos perdidos. Este foi o caso com as investigações de Charles Casillo, autor que está produzindo um apanhado sobre a vida da icônica Marilyn Monroe, "Marilyn Monroe: The Private Life of a Public Icon". Sua principal descoberta foi a de uma sequência de nudez da atriz e símbolo sexual, considerada perdida após ser retirada do corte final de Os Desajustados (via Deadline).
Caso o lendário cineasta John Huston (Relíquia Macabra) não tivesse excluído a cena - o diretor acreditava que a sequência entre a atriz e Clark Gable não era necessária para a trama do faroeste -, Monroe teria entrado para a história como uma das primeiras atrizes a realizar uma cena de nudez em Hollywood. À época, Os Desajustados foi um fracasso comercial, mas com o tempo e as ações revisionistas da crítica, o último longa de Monroe antes de sua morte, em agosto de 1962, foi "postumamente" aclamado.
Enquanto as cenas de nudez só se tornaram parte do mainstream cinematográfico entre os anos 1950 e 1960 por causa do puritanismo que reinava à época, as sequências do tipo já faziam parte da sétima arte desde a sua invenção: o curta francês Après le Bal, do pioneiro George Méliès, de 1897, foi uma das primeiras obras a exibir nudez nas telonas.