No último domingo, dia 5 de agosto, o Memorial da América Latina, em São Paulo, recebeu a cerimônia de encerramento da 26ª edição do Festival Anima Mundi.
Durante o evento, seis produções foram premiadas nas categorias de Melhor Longa, Melhor Longa Infantil, Melhor Curta, Melhor Curta Infantil, Melhor Curta Brasileiro e Melhor Curta de Estudante.
Ao subirem ao palco, os diretores e criadores do festival Aída Queiroz, Cesar Coelho, Lea Zagury e Marcos Magalhães anunciaram os vencedores, escolhidos pela soma dos votos do júri popular do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Tito e os Pássaros, longa nacional dirigido por Gustavo Steinberg, Gabriel Bitar e André Catoto Dias, foi eleito o Melhor Longa Infantil. O filme acompanha a saga de uma criança e seu pai, os únicos capazes de encontrar a cura para uma doença que é contraída quando alguém toma um susto.
Em entrevista ao AdoroCinema, Gabriel Bitar, co-diretor e diretor de arte comentou sobre a vitória. “Acompanho o Anima Mundi há muitos anos, não tive a oportunidade de estudar animação, até porque na época acho que nem existia escola de animação, então sempre aprendi muito aqui no Festival, é uma escola pra mim. Por isso, ganhar este prêmio, ainda mais sendo um filme nacional, é um orgulho”, disse ele.
Enquanto isso, o vencedor do prêmio de Melhor Longa foi para A Ganha-Pão, coprodução entre Canadá, Irlanda e Luxemburgo, com direção de Nora Twomey. O filme traz a história de Parvana, uma jovem que vive em um Afeganistão governado pelas forças do Talibã.
Na premiação que aconteceu no Rio de Janeiro, o curta Animal Behaviour, dirigido por Alison Snowden e David Fine, já havia levado o Grande Prêmio. Sendo assim, o filme foi automaticamente inscrito pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood para concorrer ao Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação em 2019.
Além da exibição de 405 filmes, entre curtas e longas, o evento também trouxe presenças internacionais como a do norte-americano Kevin O´Brien, conhecido por seu trabalho como storyboard artist em Os Simpsons, A Era do Gelo (Blue Sky) e, na Pixar, onde está há 18 anos, em Os Incríveis 1 e 2, Carros, entre outros.
Cesar Coelho, um dos criadores do Anima Mundi, fez um balanço sobre a 26ª edição em conversa com o AdoroCinema. “O Anima Mundi 2018 foi especial porque neste ano a gente teve um reconhecimento internacional muito significativo no Festival de Annecy, com o Brasil como um dos focos. Esse marco nos enche de orgulho mas também de responsabilidade, pois há 26 anos o Anima Mundi apostou que o público brasileiro gosta de animação - e não só pra criança, mas no sentido amplo, para todas as idades - e também no talento potencial para o estilo, servindo como um empurrão [...] a cada ano a gente tenta subir um degrau nessa escada, queremos continuar promovendo, acompanhando, sendo um berço de novas ideias e novos talentos”, contou o diretor.
Confira os longas e curtas premiados a seguir:
Melhor Longa – A Ganha-Pão, de Nora Twomey (Canadá, Irlanda, Luxemburgo)
Melhor Longa Infantil – Tito e os Pássaros, de André Catoto Dias, Gabriel Bitar e Gustavo Steinberg (Brasil)
Melhor Curta – Happiness, de Steve Cutts (Reino Unido)
Melhor Curta Brasileiro – O Homem na Caixa, de Ale Borges, Alvaro Furloni e Guilherme Gehr (Brasil)
Melhor Curta Infantil – Lé com Cré, de Cassandra Reis (Brasil)
Melhor Curta de Estudante – ENOUGH, de Anna Mantzaris (Reino Unido)