O 13º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo chega ao fim neste dia 1 de agosto, e o AdoroCinema terminou a sua maratona com duas produções bastante diferentes: um drama sobre amadurecimento passado numa ilha e uma mistura entre filme de guerra e road movie.
O colombiano Keyla, de Viviana Gómez Echeverry, foi uma das melhores surpresas do evento. Embora seja mais simples do que os ambiciosos Tigre e Nelson Felix, por exemplo, este projeto de baixo orçamento constrói a história delicada de uma garota cujo pai desaparece em alto-mar.
A cineasta usa a minúscula ilha da Providência, de 17km2, para representar a clausura da personagem, enquanto aproveita para efetuar um convincente retrato social e cultural. Resta torcer para que Keyla chegue ao circuito comercial brasileiro, em salas independentes onde a força do cinema colombiano possa ser descoberta pelos cinéfilos.
Leia a nossa crítica.
Já o paraguaio A Redenção aposta em caminhos mais convencionais, trazendo a história de José, um homem idoso que lutou na Guerra do Chaco durante a sua juventude. Quando uma jovem garota aparece em sua vida, buscando vestígios do avô, José se relembra dos colegas de combate e lida com segredos escondidos no passado.
Embora a amizade entre os personagens renda cenas bastante satisfatórias, o tom lacrimoso e explicativo limita o alcance do projeto do diretor Hérib Godoy. O drama também incomoda pelo discurso indeciso entre criticar o militarismo ou exaltá-lo.
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Relembre todas as críticas do 13º Festival Latino-Americano:
Keyla
Nelson Felix - Método Poético Para Descontrole de Localidade
A Redenção
Tigre