Foram meses marcados por negociações, contratempos, problemas judiciais e escândalos midiáticos até que a derrocada da The Weinstein Company, um dos mais poderosos estúdios da história recente de Hollywood, fosse concretizada. E após muitas idas e vindas, a companhia criada por Harvey Weinstein, que pode ser condenado à prisão perpétua por causa das décadas de abusos sexuais cometidos, foi enfim vendida.
De acordo com informações da Variety, a Lantern Capital desembolsou US$ 289 milhões para adquirir a TWC, incluindo todas as suas propriedades e ações, o vasto catálogo de quase 280 filmes do estúdio e as dívidas deixadas para trás pelos irmãos Weinstein. A nova empresa que surgirá dos escombros da The Weinstein Company se chamará Lantern Entertainment; entretanto, vale ressaltar que ainda não se sabe se o vindouro estúdio poderá utilizar/explorar todas as obras anteriormente produzidas pela TWC, que incluem longas aclamados e premiados como Django Livre, O Discurso do Rei e O Lado Bom da Vida, entre outros.
O procedimento quanto à utilização das propriedades da TWC será definido em uma série de reuniões judiciais marcadas para acontecerem nos próximos meses. Enquanto a Lantern Entertainment constrói seu caminho, Harvey Weinstein, por outro lado, vê sua carreira ser desintegrada de vez. Além de ter sido banido da Academia do Oscar, onde foi uma das figuras mais poderosas dos últimos 20 anos, o ex-produtor e ex-magnata de Hollywood pode ser condenado a encerrar seus dias na prisão por causa das denúncias de abuso sexual e estupro que estão sendo investigadas pela Procuradoria de Nova Iorque.
Símbolo do lado mais sórdido da indústria cinematográfica mundial e acusado de ter assediado e/ou abusado de quase 100 mulheres, entre elas atrizes e funcionárias, Weinstein também é alvo de investigações conduzidas pela polícia de Los Angeles e pela Scotland Yard, do Reino Unido.