A Copa do Mundo 2018 representou uma ótima oportunidade de negócios para os canais de televisão, para os bares e restaurantes, para o turismo, para os vendedores de produtos esportivos... Mas certamente não para o cinema.
Com alguns dos principais mercados de audiovisual diretamente envolvidos nas últimas fases da Copa (Inglaterra, França) ou sediando o evento (a Rússia), muitos espectadores passaram longe dos cinemas, levando a uma queda de 15,6% na arrecadação das salas europeias desde o início do evento, o que representa um faturamento US$2 milhões abaixo do mesmo período em 2017.
O mês de junho costuma trazer um aumento importante na arrecadação, no entanto os resultados de junho foram 1,3% mais baixos que os meses anteriores. Na França, por exemplo, 82% dos televisores estiveram ligados na final da Copa, e os anfitriões russos continuaram acompanhando os jogos mesmo após a eliminação do país na competição, levando a forte queda de bilheteria em relação aos anos passados.
Outro fator que prejudicou as bilheterias foram as temperaturas acima da média na Europa, que motivaram mais atividades ao ar livre. Nem o lançamento mundial de Arranha-Céu: Coragem Sem Limite produziu o efeito esperado: enquanto 21 milhões alemães assistiram à partida entre França e Croácia, por exemplo, apenas 100 mil espectadores foram ver The Rock salvando o mundo nos cinemas da Alemanha. Mesmo assim, o filme de ação ainda conquistou o topo das bilheterias alemãs, o que significa que seus concorrentes obtiveram resultados ainda mais fracos.
Prevendo a concorrência com os jogos de futebol, grandes produções como Jurassic World - Reino Ameaçado e Homem-Formiga e a Vespa tiveram o seu lançamento mundial adiantado. No Brasil, alguns circuitos exibidores transmitiram os jogos ao vivo, buscando conquistar os fãs da Copa. Os resultados, no entanto, foram apenas medianos.
