Entre a enorme gama de heróis que apareceu em Vingadores: Guerra Infinita, Scott Lang (Paul Rudd) foi um dos que mais fez falta. O personagem não deu as caras no 18º filme do Universo Cinematográfico Marvel pois estava em prisão domiciliar desde os eventos de Capitão América: Guerra Civil. O que aconteceu com o herói entre os filmes poderá ser visto em Homem-Formiga e a Vespa, que chegará aos cinemas nesta quinta-feira (05).
Em antecipação para a estreia da produção, o AdoroCinema conversou com exclusividade com o produtor Stephen Broussard. Responsável também pelas produções de Doutor Estranho, Homem de Ferro 3, Capitão América: O Primeiro Vingador, e O Incrível Hulk, para o qual esteve no Brasil para as gravações, Broussard comentou como espera que o filme se destaque, especialmente após o tremendo sucesso de bilheteria de Guerra Infinita e Pantera Negra.
Ele ainda revelou que o tema família será muito importante no filme — focando nos relacionamentos entre Scott Lang e sua filha, Cassie (Abby Ryder Fortson); Hank Pym (Michael Douglas) e Hope (Evangeline Lilly), além da missão de buscar sua mãe, a Vespa original Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer). O filme também vai retratar o Reino Quântico e o Multiverso, que podem ser a chave para o futuro do UCM em Vingadores 4.
Confira abaixo a entrevista com Stephen Broussard.
O Homem-Formiga não estava em Vingadores: Guerra Infinita, então como você cria expectativas para o filme solo do personagem?
Acho que simplesmente por ele não estar no filme, parece que há mais coisas a contar quando você chega a Homem-Formiga e a Vespa, e é animador, porque você não os vê já tem um tempo. É importante que esses filmes existam por si mesmos, além de estarem ligados uns com os outros, eles têm que funcionar como filmes individuais que você vai ver no cinema em uma sexta à noite, eu acho que ele funciona nessa visão. Eu não quero dizer muito, mas sua conexão e seu lugar no UCM ficarão claros quando tudo tiver acontecido no filme.
Homem-Formiga e a Vespa vai falar do Multiverso e do Reino Quântico. Isso vai responder a algumas perguntas sobre Guerra Infinita?
No fim, sua conexão vai ficar clara, mas ele existe primeiramente para contar sobre sua própria história. A trama desses personagens lidando com o passado voltando a surgir e os personagens que são desenvolvidos especificamente para esse filme, de uma maneira que eu espero que seja satisfatória. Mas, como o primeiro filme, que tinha uma grande conexão com o UCM, o que eu posso dizer é que tudo será revelado.
Considerando o sucesso enorme de Guerra Infinita e Pantera Negra, como vocês pretendem superar as expectativas dos fãs?
Surpreendendo os fãs, tentando fazer algo diferente. Esse é um filme diferente de Pantera Negra, diferente de Guerra Infinita. Então eu acho que a maneira mais bem sucedida de se contar essa história é abraçando o que esse filme é, abraçar sua individualidade, seu tom, sua comédia e fazê-lo parecer único entre os filmes que estão sendo lançados agora e entre os outros filmes do UCM, e não transformá-lo em algo que ele não quer ser. Acho que essa é a chave para fazer não só esse filme funcionar mas o UCM em geral, cada filme funcionar individualmente e parecerem diferentes uns dos outros. E [Homem-Formiga e a Vespa] é diferente. Não tem nada como esse filme.
Como vocês mantêm o estilo do Homem-Formiga, já que o primeiro filme é o mais cômico de todos do UCM e funciona como um longa independente?
Nós procuramos manter esse estilo neste filme também, e eu acho que vem muito da ideia que, com o Scott Lang no primeiro filme e agora com a Hope abraçando a identidade da Vespa, eles são muito inteligentes, capazes e incríveis na sua própria maneira, mas diferente de um bilionário chamado Tony Stark, ou adolescente mordido por uma aranha radioativa como o Peter Parker, ou um cientista brilhante atingido por raios gama como Bruce Banner, eles se assemelham mais a "pessoas normais", de uma maneira que é diferente e permite ao público entir como se eles estivessem nesse universo estranho onde as pessoas constroem uniformes encolhíveis e super-heróis existem, de uma maneira que permite um tom um pouco mais irreverente e divertido.
Mas também, e é isso o que eu gosto neste filme, é completamente sincero, é divertido, tem muito bom humor, muitas piadas boas, mas nunca tem um sentimento de que não é real, de que não é emocionante. Os riscos estão lá e eu acho que o filme vai te emocionar de uma maneira que as pessoas não esperavam, falando sobre família, e o que é ser um pai, e o que é ser um filho, e todos esses aspectos de família que são únicos aos filmes do Homem-Formiga.
Então nós vamos ver mais sobre a filha do Homem-Formiga?
Claro, Cassie Lang tem uma grande participação nesse filme e de muitas maneiras é um filme sobre ser um pai, sobre pais e filhas. Scott está tentando ser um bom pai para a sua filha Cassie, e você vê a evolução da relação complicada entre Hank Pym e Hope Van Dyne. E a ideia de família, a importância da família, as dificuldades que ela traz e o que significa estar nessas relações que temos para a vida passam pelo filme de uma maneira que eu acho que vai ser surpreendentemente emocionante.
A Vespa é a primeira super-heroína a ter seu nome no título de um filme do UCM, isso é um motivo de orgulho para você, é importante, como você vê isso?
É muito animador e estamos muito orgulhosos que a Vespa seja a primeira super-heroína no título de um filme da Marvel. E eu estou muito animado para que as pessoas vejam a Evangeline [Lilly] no filme. Ela entra no filme como uma heroína já formada, ela ficou um pouco no banco no primeiro Homem-Formiga, porque o pai dela dizia querer protegê-la, não queria que ela acabasse perdida da mesma maneira que tinha acontecido com a mãe dela. Mas o filme acaba com ele percebendo que ele estava sendo cuidadoso e protetor demais, e ele mostra o uniforme da Vespa para ela e ela diz "Já era tempo". E ela entra nesse novo filme com essa perspectiva, de "já era tempo". Ela uma mulher com uma missão, uma mulher que finalmente pode ser sua melhor versão, uma heroína, e usar todas as suas habilidades como a Vespa e fazer isso com uma missão muito clara na mente.
E qual é essa missão?
Eles acham que podem encontrar a mãe dela. Eles achavam que ela estava perdida no Reino Quântico, mas, com novas informações, acreditam que podem trazê-la de volta e que ela ainda está viva depois de todos os esses anos. Então pegue toda essa habilidade, toda essa energia guardada e lhe dê o objetivo de achar sua mãe perdida e você tem uma mulher em uma missão, que não vai deixar nada ficar no seu caminho. E acho que isso ficou ótimo e estou muito animado para que as pessoas vejam, não só ela mas as performances fortes, complexas e cheias de nuances de todas as mulheres do filme, de Evangeline, da Michelle Pfeiffer, da Hannah John-Kamen e até da Abby Ryder Fortson, que interpreta Cassie Lang, filha do Scott. São performances maravilhosas do elenco que eu quero que o mundo possa ver.
Como foi trazer a Michelle Pfeiffer ao universo Marvel?
Foi muito divertido, ela estava a fim. Nós conversamos bastante, ela entendia no que ela estava entrando, uma continuação com um personagem que é muito mencionado fora de tela no primeiro filme e ela foi incrível. Foi tão divertido trabalhar com ela e vê-la entrar nesse mundo louco.
Você não trabalhou no primeiro filme, mas já participou de outros filmes da Marvel, como foi embarcar nessa jornada do Homem-Formiga?
Foi divertida, como produtor eu gosto de novos desafios e de poder contar histórias diferentes, e eu não pude trabalhar no dia a dia do primeiro Homem-Formiga, eu estava muito envolvido com Doutor Estranho, eu amei o filme e amo as pessoas envolvidas nele, o elenco, Peyton [Reed, o diretor] e eu queria participar e contar essa história. Então eu meio que me candidatei na Marvel, falei com meu chefe Kevin Feige e disse que tinha interesse, que gostaria de contar uma história como essa, principalmente pelo humor e pelo tom.
Homem-Formiga e a Vespa está em cartaz nos cinemas.