Um dos principais lançamentos da semana é Hereditário, terror do diretor estreante Ari Aster. Após arrepiar o Festival de Sundance, de onde saiu coberto de elogios, e se tornar a melhor abertura da prestigiada distribuidora A24, o longa-metragem estrelado por Toni Collette e Gabriel Byrne recebeu nota máxima na crítica no AdoroCinema, o que não acontece todo dia.
Clássico gênero cinematográfico, o horror nos últimos anos tem gerado grandes obras, sabendo se reinventar e ampliando seus campos e temas, muitas vezes de forma surpreendente. Relembre agora os melhores filmes de terror recentes segundo a crítica do AdoroCinema:
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It - A Coisa, de Andy Muschietti (2017)
"O medo das crianças pelo palhaço se une aos medos diários de bullying, racismo, estupro, intolerância religiosa e outras agressões bem retratadas na história. Pennywise sintetiza a ideia de que o mundo é incorrigivelmente hostil." Leia o texto completo.
Corrente do Mal, de David Robert Mitchell (2015)
"No momento em que o cinema de gênero explora à exaustão as mesmas fórmulas e as mesmas representações conservadoras de homens e mulheres, este filme demonstra como o cinema de horror ainda pode criar algo original, crítico e realmente assustador." Leia o texto completo.
Deixe-Me Entrar, de Matt Reeves (2010)
"Embora aborde o tema vampirismo, Matt Reeves (Cloverfield – Monstro) não cai na vala comum e enfia um estaca na modinha, apresentando um roteiro bem construído e conduzido, levemente não linear, que junta a fome com a vontade de comer, representados pelo desejo de ser amado e de beber sangue." Leia o texto completo.
O Orfanato, de Juan Antonio Bayona (2008)
"A fotografia tem a textura adequada e proliferam tomadas clássicas de balanços que se mexem no jardim, corredores longos, portas que se fecham, cenas de Super 8 e até uma tomada da mãe em primeiro plano com a casa ao fundo. Mais clássica impossível. E sem demérito algum porque são elementos estruturais de uma boa trama do gênero." Leia o texto completo.
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Ao Cair da Noite, de Trey Edward Shults (2017)
"Durante a totalidade da projeção, a impressão que se tem é a de se estar diante de um primeiro ato progressivo e sem fim. Sempre na iminência de que algo aconteça, o perigo rondando, à espreita, não há como desgrudar os olhos da tela." Leia o texto completo.
Invasão Zumbi, de Sang-Ho Yeon (2016)
"O filme é adrenalina pura. O ritmo já começa frenético e só cresce até o fim. O espectador fica nervoso junto com os personagens e se desespera com as situações de perigo. O roteiro trata de criar inúmeras situações de conflito, na maioria físico, mas também emocional." Leia o texto completo.
O Lamento, de Na Hong-jin (2016)
"O ridículo se aproxima do grotesco, e o humor do terror. Ambos são vistos como elementos de catarse e de distanciamento ou, em termos de mise en scène, são ferramentas para a fuga da realidade. É curioso como uma história com tantos elementos conhecidos pode soar tão inovadora, ou pelo menos diferente, por conta do uso autofágico dos gêneros." Leia o texto completo.
O Homem nas Trevas, de Fede Alvarez (2016)
"Alvarez demonstra mais uma vez possuir um ótimo domínio das cenas de tensão e suspense. O novo filme é envolvente e energético. E, mesmo adotando uma série de clichês, consegue não ser previsível em momento algum." Leia o texto completo.
Grave, de Julia Ducournau (2016)
"De forma inteligente, Julia Ducournau se aproveita dos códigos dos filmes de horror para contar um bom drama – ou o contrário. Claro que o gore está presente, mas – se é que é possível por nesses termos – sem exagero." Leia o texto completo.
A Bruxa, de Robert Eggers (2015)
"Após tantos filmes de terror com truques banais e aceleração dos eventos rumo ao final, é um alívio encontrar uma obra que sabe tomar seu tempo, construindo a tensão e a psicologia dos personagens com precisão cirúrgica." Leia o texto completo.
Demon, de Marcin Wrona (2015)
"O fato de reconhecer a inverossimilhança do comportamento do noivo faz de Demon um filme inteligente, que não mente para o espectador nem tenta estar um passo à sua frente. Desta alternância entre fé (na possessão) e razão (na explicação médica) encontra-se um bem-vindo humor absurdo, crescente e compatível com o horror." Leia o texto completo.
Quando Eu Era Vivo, de Marco Dutra (2014)
"Além de brincar com elementos do horror brasileiro e contos urbanos, como a utilização do boneco do Fofão, Marco Dutra apresenta referências diretas ao clássico O Iluminado, de Stanley Kubrick." Leia o texto completo.
As Fábulas Negras, de Rodrigo Aragão, José Mojica Marins, Petter Baiestorf e Joel Caetano (2014)
"Brutal e sanguinolento, com uma coragem que vai do radicalismo em certas sequências à própria reinvenção de personagens consagrados, é filme para se divertir, e muito!" Leia o texto completo.
Invocação do Mal, de James Wan (2013)
"Claro que os mais escolados vão identificar uma série de clichês e poderão reclamar de algumas licenças típicas, como as filhas dormindo profundamente, enquanto uma mega cena tensa e barulhenta tá acontecendo com a mãe. Mas isso não tira a força do obra de jeito nenhum e a Warner já tem um 'atividade paranormal' para chamar de seu." Leia o texto completo.
O Espelho, de Mike Flanagan (2013)
"É o desempenho [do diretor] que torna o filme algo diferente, fugindo do título de 'mais um terror qualquer'. A forma como ele realiza transições entre o que está acontecendo e flashbacks do que aconteceu com a família é fabulosa e elegante." Leia o texto completo.
Somos o que Somos, de Jim Mickle (2013)
"Mergulhando o espectador em uma atmosfera lúgubre, de visual caprichado com tons de cinza e verde, ele o coloca diante do dilema das jovens irmãs, divididas entre suas próprias crenças e a fé doentia do pai. Com um orçamento baixo, Mickle optou por investir menos em efeitos especiais (comuns hoje em dia) e mais em uma trama de ritmo diferenciado..." Leia o texto completo.
Mama, de Andy Muschietti (2013)
"O longa conta com uma bela fotografia de Antonio Riestra, que compra a ideia do diretor e constrói um ambiente sombrio e com tons bem escuros. A trilha sonora de Fernando Velázquez é outro destaque, não usando a música para dar sustos, mas sim para construir um clima de terror e fantasia." Leia o texto completo.
O Último Exorcismo: Parte II, de Ed Gass-Donnelly (2013)
"No fundo, através da trama de liberação erótica de Nell, O Último Exorcismo – Parte II funciona como uma dessas fábulas de apoderamento sexual feminino, nos quais as mulheres tornam-se melhores, mais fortes e mais ativas quando são instigadas a manifestarem seus desejos." Leia o texto completo.
Possessão, de Ole Bornedal (2012)
"Algumas sequências são de arrepiar, como a das mariposas pela casa, aquela com a jovem e o padrasto e, principalmente, ela com a mãe na cozinha. A cena 'goela abaixo', mesmo tendo sido exibida no trailer ainda impressiona." Leia o texto completo.
Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra (2011)
"A trama também envolve misteriosos acontecimentos no mercado, criados a partir de um interessantíssimo clima de suspense. Mas é melhor não dar muitos detalhes e deixar você, leitor, se surpreender ou se envolver por conta própria." Leia o texto completo.
Pânico 4, de Wes Craven (2011)
"Repetindo a (boa) fórmula de brincar com o espectador e com o próprio filme, o roteiro ainda tem vigor e é criativo, provocando risadas e momentos de absurdo suspense, alguns deles, terminando com doses exageradas do já caracterísitico sangue cenográfico espirrado para cá e para lá." Leia o texto completo.
Evocando Espíritos, de Peter Cornwell (2009)
"Dependendo do ponto de vista, o único ponto fraco pode ser o roteiro. Mas isso somente se você ficar incomodado com o fato de que beira o ridículo a insistência do jovem e sua família em permanecer num local que os assombra." Leia o texto completo.