Agora que finalmente conseguiu lançar The Man Who Killed Don Quixote - longa que foi desenvolvido durante 25 anos, correu o risco de ser cancelado para sempre por causa de contratempos homéricos, mas que foi exibido como encerramento do último Festival de Cannes -, Terry Gilliam tem tempo de sobra para comentar todos os assuntos que passarem pelo seu radar. E quando se trata dos super-heróis, a mais forte tendência de Hollywood no momento, o cineasta não tem palavras muito agradáveis para utilizar:
"Eu odeio super-heróis, é uma besteira. Vamos lá, amadureçam! Não seremos adolescente pelo resto de nossas vidas. É ótimo sonhar com grandes poderes. Os super-heróis sempre têm a ver com poder e é por isso que não gosto de super-heróis: eles sempre têm que vencer outros super-heróis poderosos. Vamos lá, um pouco de amor, paz e compreensão: é disso que precisamos", decretou Gilliam, ao ser questionado como The Man Who Killed Don Quixote se encaixa no panorama atual da indústria (via The Playlist).
Portanto, não espere ver um longa de super-heróis do mesmo diretor de obras como Os 12 Macacos e Medo e Delírio. Apesar de seu surreal estilo cinematográfico - que muito bem poderia ser aplicado em produções mais ousadas baseadas em histórias em quadrinhos, fora da tradicional e "familiar" esfera da Marvel e da DC -, Gilliam realmente não tem interesse algum em seguir modas. Por isso, resta mesmo aproveitar The Man Who Killed Don Quixote - leia aqui nossa crítica para a aventura coestrelada por Adam Driver e Jonathan Pryce.