Após meses de investigação do departamento policial de Nova Iorque, Harvey Weinstein é esperado pela polícia para se entregar às autoridades de Manhattan nesta sexta-feira, dia 25 de maio. O ex-produtor e ex-magnata de Hollywood será processado pela Procuradoria local por pelo menos um dos crimes sexuais que cometeu durante sua trajetória na indústria cinematográfica - as décadas de abusos perpetradas pelo criminoso foram reveladas no último mês de outubro e deram início ao movimento #MeToo, que derrubou vários predadores sexuais de Hollywood, incluindo Kevin Spacey e Louis C.K. (via The New York Times).
A ação judicial em questão que será movida pelo escritório do Procurador-Geral de Nova Iorque diz respeito à denúncia de Lucia Evans, que revelou que Weinstein a forçou a fazer sexo oral nele durante uma reunião de negócios nos idos de 2004. Para além de ser investigado pelo departamento policial de Los Angeles e pela Scotland Yard, do Reino Unido por inúmeras ocorrências distintas, o produtor que caiu em desgraça, foi expulso da Academia do Oscar e demitido de sua própria companhia, ainda pode enfrentar processamento penal por causa da denúncia de Paz de la Huerta, que acusou Weinstein de tê-la estuprado, oito anos atrás.
Alvo de um potente discurso da realizadora e atriz Asia Argento, uma das vítimas do ex-magnata, realizado no último Festival de Cannes, Weinstein também foi acusado de abuso e estupro por mais de 100 mulheres, incluindo as atrizes Rose McGowan, Gwyneth Paltrow e Lupita Nyong'o. O ex-magnata, que chegou a contratar espiões para acobertar seus casos de assédio e tornou-se o símbolo do lado mais sórdido da indústria cinematográfica, ainda pode ser processado por perseguir algumas de suas vítimas, crime que transferiria o julgamento de Weinstein para a esfera de delito federal, jurisdição cujas punições são mais severas.