O GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation) anunciou o seu relatório anual sobre a representatividade LGBT nos grandes filmes de Hollywood, e os resultados não são nada bons.
Em 2016, 23 filmes produzidos pelos grandes estúdios continham personagens LGBT, mas este número caiu para apenas 14 em 2017. A presidenta da associação, Sarah Kate Ellis, lamentou o resultado: "Espero que no próximo relatório poderemos apresentar um retrato mais promissor".
Entre os títulos incluindo personagens LGBT se destacam A Forma da Água (imagem acima), no qual Richard Jenkins interpreta um solitário pintor homossexual, e A Guerra dos Sexos, retrato da tenista Billie Jean King (Emma Stone) que menciona o relacionamento com a cabeleireira Marilyn Barnett (Andrea Riseborough).
O relatório contém não apenas os números, mas também uma avaliação da qualidade desta representação. Trata-se do teste Vito Russo, que julga três elementos: 1. Se o personagem é claramente LGBT, e não apenas sugerido como tal, 2. Se ele não é definido apenas por sua orientação sexual ou identidade de gênero e 3. Se possui um papel importante na trama.
De acordo com estes critérios, alguns filmes foram reprovados, a exemplo de Thor: Ragnarok, na qual a suposta bissexualidade de Valkyrie (Tessa Thompson) não é percebida na história, e Power Rangers, no qual uma personagem é questionada sobre sua sexualidade, mas não responde às perguntas, e o tema não se torna relevante na sua trajetória.
No cinema independente, os números são um pouco melhores, com o aumento de 28% na representatividade LGBT, graças a filmes como Uma Mulher Fantástica e Me Chame Pelo Seu Nome.
Vale lembrar 2018 já trouxe alguns filmes de temática LGBT que devem aparecer no relatório do próximo ano, incluindo Com Amor, Simon, Aniquilação e Não Vai Dar.
O relatório completo pode ser encontrado aqui.