Stan Lee prometeu que defenderia sua imagem e está cumprindo seu juramento. Após ter seu nome ligado a toda sorte de casos polêmicos e/ou bizarros nos últimos meses, o icônico quadrinista decidiu se movimentar para entrar com processos judiciais contra seu ex-empresário, Jerardo Olivarez, que teria roubado sangue do escritor para fabricar perturbadoras canetas de colecionador; e agora contra os novos donos da Pow! Entertainment, empresa que fundou em 2001 e comercializou dez anos depois.
De acordo com informações da Variety, Lee está acusando o grupo de negociantes chineses que adquiriu sua companhia de ter se aproveitado de sua saúde debilitada. Segundo a ação movida pelo criador do império da Marvel, os proprietários da Pow! Entertainment ludibriaram Lee e o fizeram assinar um documento que concedia a utilização plena de seu nome pela empresa oriental dona da Pow!. Como possui degeneração macular, doença ocular que provoca a perda gradual da visão, Lee não teria sido fisicamente capaz de avaliar o documento com propriedade antes de assiná-lo, confiando sem julgamentos nos ex-parceiros comerciais.
Por causa dos danos morais impingidos pelos empresários do Reino Médio - chamados de oportunistas pelo escritor no documento penal - através da utilização indevida de sua identidade, Lee está demandando uma astronômica compensação de US$ 1 bilhão. O texto da ação também menciona Olivarez novamente como um dos arquitetos do esquema - desta vez, no entanto, o mesmo não é réu do processo em questão -; e a esposa de Lee, Joan Lee, falecida no ano passado, quando o quadrinista tinha 94 anos. De acordo com associados do escritor, parceiros comerciais inescrupulosos se aproximaram do autor após o falecimento de sua esposa, que cuidava e protegia os interesses de Lee.