A Marvel começa a caprichar no que era um de seus maiores defeitos: os vilões. E o ano de 2018 tem sido particularmente especial nesse sentido. Antes do Thanos (Josh Brolin) de Vingadores: Guerra Infinita conquistar a todos com sua imponência e cruel filosofia, Pantera Negra veio mostrar que podíamos ter empatia por um antagonista movido por um passado sombrio — no caso, construído de verdade por seu intérprete nos cinemas.
Michael B. Jordan contou que tem como método imaginar o que seus personagens viveram, colocando tudo isso no papel. "Escrevo periódicos, diários ou o que for sobre todo personagem que eu faço. Da memória mais recente à primeira página do roteiro", disse o ator, em entrevista ao Late Show de Stephen Colbert, explicando que esse foi um modo de contextualizar a construção psicológica de Erik Killmonger.
"Seu diário era particularmente sombrio, muito triste", disse Michael sobre os escritos do primo distante de T'Challa (Chadwick Boseman). "Não ter sua mãe durante a criação, entrando e saindo da cadeia, orfanatos, lares adotivos, enfim... Coisas muito pesadas, que provavelmente não seriam boas para a televisão. Mas era profundo, e me permitiu entrar naquele estado certeiro antes de uma cena. Permitiu que eu me fechasse", explica.
Pantera Negra foi um sucesso inesperado para a Marvel, faturando impressionantes US$ 694 milhões somente nos Estados Unidos e US$ 1,339 bilhão mundialmente.