A Weinstein Company tem feito ofertas no mercado para ser vendida à quantia de, pelo menos, US$ 310 milhões. Porém, Quentin Tarantino pretende impedir a negociação da empresa do amigo de longa data Harvey Weinstein — que viu sua empresa caminhar rumo à falência após denúncias de assédio por várias artistas de Hollywood. O cineasta norte-americano cobra US$ 4,625 milhões em direitos autorais antes da realização do acordo.
"Os devedores afirmam que não há dívida a ser vencida para a realização dos acordos", declaram os advogados de Quentin Tarantino, anunciando que "existem inúmeras dívidas monetárias e não monetárias não previstas nos termos da negociação que devem ser sanadas como condição para qualquer admissão ou cessão de responsabilidade", em processo movido nessa segunda-feira (30) em conjunto com diversos artistas.
Quentin Tarantino trabalhou com Harvey Weinstein desde Cães de Aluguel, passando pelos jovens clássicos Pulp Fiction - Tempo de Violência e Jackie Brown, realizados pela Miramax. A presente cobrança, no entanto, se debruça sobre direitos autorais por seus últimos quatro filmes: À Prova de Morte (US$ 300 mil), Bastardos Inglórios (US$ 575 mil), Django Livre (US$ 1,25 milhão) e Os Oito Odiados (US$ 2,5 milhões).
Além de Quentin Tarantino, vários artistas do primeiro escalão em Hollywood entraram com a ação conjunta cobrando dívidas da Weinstein Co: Leonardo DiCaprio (Os Oito Odiados), David O. Russell e Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida), Jake Gyllenhaal e Rachel McAdams (Nocaute), Stephen King, Bill Murray, Meryl Streep, Julia Roberts, os herdeiros de Wes Craven e, dentre outros... o próprio Harvey Weinstein!
O produtor tenta garantir seus direitos como fundador da empresa após a imputação de tantos crimes sobre sua figura. Hoje mesmo, aliás, Harvey Weinstein foi processado por difamação e abuso sexual pela atriz Ashley Judd.