O diretor Brad Bird já havia afirmado que Os Incríveis 2 começa exatamente do ponto em que o primeiro filme parou e, agora, ele explica o motivo. Ele admite que pensou em mostrar os personagens mais velhos, mas sentiu que isso enfraqueceria a ideia central de que cada um dos protagonistas representam um aspecto diferente de uma família.
"[Zezé] aparentemente era o mais normal da família e então, no final de Os Incríveis, você descobre que ele é um curinga e que ele é tipo um canivete suíço de poderes. E isso me lembra a forma como bebês conseguem entender a linguagem com facilidade e adaptá-la naturalmente. Essa ideia se perde se você envelhece os personagens, assim como a percepção desses períodos da vida e dessas perspectivas particulares desaparecem. Não estou interessado em um Zezé com a idade de estar no colégio", afirmou Bird em entrevista ao Screen Rant.
O cineasta que realizou o primeiro filme também falou um pouco sobre o motivo de cada um dos personagens terem seus respectivos poderes:
"É esperado que os homens sempre sejam fortes, então fiz o Bob ter super-força. Mães sempre são puxadas em várias direções diferentes, então a fiz elástica. Adolescentes são inseguros e ficam na defensiva, então fiz Violeta ter a invisibilidade e campos de força. Crianças de dez anos são como bolas de energia que não podem ser paradas. E bebês são desconhecidos. Talvez eles não tenham nenhum poder, talvez tenham — não sabemos. Isso é o que Zezé era."
Muitos vão concordar com a escolha do diretor, visto que grande parte do humos da continuação reside no Dr. Incrível tendo que lidar com Zezé, já que ficou em casa cuidando das crianças para Helena combater o crime e tentar revogar a lei que proíbe a atuação dos super-heróis — uma trama do primeiro filme que também retornará para mudar o rumo da franquia. Os Incríveis 2 estreia no Brasil dia 28 de junho.
