Lady Gaga no Oscar, sim ou com certeza? Ao menos em canção original é aposta certeira este remake comandado por Bradley Cooper, estreando na direção. Na trama um cantor em decadência (Cooper) e uma estrela em ascensão (Gaga) têm o ardente amor testado por conflitos profissionais carregados de inveja.
Competindo com Chalamet, seu colega de set em Lady Bird, pelo título de "mais bem atuado sofrimento juvenil da temporada", Lucas Hedges é filho de pastor obrigado a participar de programa de cura gay neste drama dirigido pelo ator Joel Edgerton. O próprio Edgerton, Nicole Kidman, Russell Crowe e Xavier Dolan estão no elenco.
Diretor de Os Donos da Noite, Amantes e Era Uma Vez em Nova York, James Gray nunca foi indicado ao Academy Awards, mas pode estrear no próximo ano, já que investe em tema que costuma conquistar os votantes: viagem espacial. Brad Pitt interpreta engenheiro autista que cruza a galáxia em busca do pai (Tommy Lee Jones), desaparecido há duas décadas. Com Ruth Negga e Donald Sutherland.
Será que Logan abriu caminho para indicações de filmes de heróis nas categorias principais? Quem viu e amou Pantera Negra torce para que sim e o prognóstico é positivo, afinal a nomeação seria ao mesmo tempo uma resposta ao #OscarSoWhite, uma espécie de aceno ao público que o transformou em campeão de bilheteria - e a cerimônia precisa mais do que nunca de audiência -, uma nova demonstração das portas abertas para os heróis e o merecido reconhecimento do talento consistente de Ryan Coogler.
Depois de alguns anos dedicada à TV, Karyn Kusama (Garota Infernal) retorna aos longas dirigindo este projeto cercado de expectativa pelo tom sombrio e elenco forte. Nicole Kidman, em ótima fase, é uma policial forçada a reencontrar membros da gangue em que se infiltrou no início da carreira. Com Tatiana Maslany, Sebastian Stan e Bradley Whitford.
Boatos que é o último trabalho de Robert Redford como ator. Além disso é de David Lowery (Amor Fora da Lei); tem Elisabeth Moss, Sissy Spacek (ela voltou!), Danny Glover, Tom Waits e Casey Affleck; e narra uma curiosa história de roubos na terceira idade.
Indicada ao Oscar por Missão Madrinha de Casamento, Melissa McCarthy desce um pouco o tom numa comédia triste sobre uma vida de mentiras. É de conhecimento geral que a Academia adora uma cinebiografia, ainda mais de figura controversa ligada ao universo cinematográfico. A figura principal, Lee Israel, começou a carreira de escritora/jornalista fazendo perfis de atores e por conta de tremendo fracasso acabou adotando outro estilo de publicação, ainda relacionado ao universo dos astros e estrelas. De Marielle Heller (O Diário de uma Adolescente).
Don’t Worry, He Won’t Get Far on Foot
Até quando Joaquin Phoenix vai ficar sem prêmio, Academia? No filme de Gus Van Sant exibido no Festival de Berlim ele é John Callahan, que se torna cartunista após ficar tetraplégico e se destaca pelos tópicos polêmicos e humor politicamente incorreto. Baseado em fatos reais e com Jonah Hill e Rooney Mara como coadjuvantes. Crítica.
Vencedor do Oscar de filme estrangeiro por Uma Mulher Fantástica, o chileno Sebastián Lelio pode receber novo convite para a festa ano que vem graças a Gloria, remake de filme que fez há cinco anos. Julianne Moore interpreta a personagem-título, mulher de espírito livre aberta a encontrar o amor em clubes noturnos de Los Angeles.
The Miseducation of Cameron Post
O longa de Desiree Akhavan (Appropriate Behavior) narra o drama de uma adolescente (Chloe Grace Moretz) forçada a frequentar acampamento de cura gay por seus conservadores guardiões legais. No papel a comparação com Boy Erased é inevitável, mas enquanto o de Joel Edgerton permanece inédito, este sai na frente como grande vencedor do Festival de Sundance 2018, coisa que a Academia costuma valorizar.
Selecionado para a mostra competitiva do Festival de Cannes, o novo filme de Spike Lee apresenta a história real de policial negro que conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan. Com Adam Driver e Corey Hawkins. Mês que vem ganha força ou morre o hype.
Indicado quatro vezes e nunca vencedor, Jason Reitman terá chance dupla na próxima temporada, podendo emplacar Tully na cota indie ou o "feitinho pro Oscar" The Front Runner. Hugh Jackman estrela esse último como o senador democrata cuja campanha à presidência dos EUA foi destruída pela descoberta de suposto caso extraconjugal em 1987. Política, escândalo, fatos reais e J.K. Simmons. Tudo que a Academia gosta.