Quando foi exibido no festival de Berlim, o documentário brasileiro Bixa Travesty arrancou aplausos e risos da plateia lotada. O motivo para a boa resposta do público - e também dos críticos, que deram o prêmio Teddy ao projeto - é a maneira incomum como os diretores Kiko Goifman e Cláudia Priscilla abordam a vida e o trabalho de Linn da Quebrada.
A cantora, performer e ativista transexual utiliza as imagens do próprio corpo para questionar a sua posição de "bicha travesti", ou seja, uma pessoa de identidade feminina que mantém o pênis e não tem seios. Linn defende que a identidade de gênero vai além da biologia, e que o corpo pode ser explorado como cada indivíduo bem entende, sem tabus.
Estas ideias são transmitidas de maneira corrosiva e divertida pelo documentário, repleto de cenas de shows de Linn, depoimentos da personagem e momentos descontraídos em sua casa, com a mãe e os amigos.
Acima, você descobre a nossa conversa com Goifman e Priscilla sobre o projeto. Abaixo, relembra nossa entrevista com Linn e o trailer estrangeiro de Bixa Travesty, ainda sem previsão de lançamento no Brasil.