Jennifer Lawrence afirmou que se sentiu apreensiva antes de rodar cenas de nudez em Operação Red Sparrow, thriller de espionagem que estreia nos cinemas brasileiros na próxima quinta-feira, dia 1º de março.
Durante a première do longa-metragem realizada em Nova York na última segunda-feira (26), a atriz afirmou que pensou bastante em como seria a reação do público às suas cenas sem roupa por ter sido vítima de um vazamento de fotos íntimas em 2014.
"A insegurança e o medo de ser julgada por ter ficado nua depois de tudo o que eu passei deveria ditar as decisões que eu faço para o resto da minha vida?", perguntou de forma retórica a vencedora do Oscar por O Lado Bom da Vida (2012). "Este filme [Operação Red Sparrow] mudou isso e eu não percebi o quão importante foi mudar essa mentalidade até terminar meus trabalhos no longa", disse Lawrence em um evento realizado no lendário Lincoln Center. "Mas eu também mudei de maneiras como eu nunca tinha mudado antes. O sotaque estrangeiro. A dança."
Com direção de Francis Lawrence, com quem Jennifer trabalhou nos três últimos filmes da franquia Jogos Vorazes, Operação Red Sparrow traz a atriz no papel de Dominika Egorova, uma ex-bailarina treinada para se tornar uma espiã russa que usa da sedução para conseguir seus objetivos. Em uma de suas missões, Dominika acaba se aproximando mais do que deveria do agente da CIA Nathaniel Nash (Joel Edgerton).
"Nós falamos sobre isso [a cena de nudez] ostensivamente, o que foi muito importante para não haver nenhuma surpresa no dia das filmagens", disse a atriz. "Eu sabia exatamente o que estava acontecendo e houve um momento em que ele [Francis Lawrence] veio me dar uma orientação e olhou para mim como se eu estivesse vestida e a partir daí eu me senti como se eu estivesse vestida. Eu estava cercada de profissionais e todo mundo foi muito profissional."
Durante o encontro, Jason Matthews, ex-agente da CIA que escreveu o livro "Red Sparrow", no qual o filme se baseia, falou sobre as relações entre Estados Unidos e Rússia. "Eu acho que a Guerra Fria nunca acabou. Nós estamos passando por uma outra Guerra Fria. Uma segunda Guerra Fria", afirmou. "Todas as brigas em Washington — não importa se você é republicano ou democrata —, todas as brigas, todo o partidarismo os jogam diretamente na mão do Kremlin e Vladimir Putin. Se nós não conseguirmos nos unir, se não conseguirmos fazer o nosso governo correr sem problemas, os russos estarão aplaudindo."