Os donos de bichos de estimação sabem que perder seu companheiro animal pode ser tão - ou muito mais - doloroso do que perder um membro humano da família. No caso da premiada atriz, diretora e cantora Barbra Streisand, seu amor por Samantha, sua cachorrinha de estimação, que morreu aos 14 anos em 2017, era tão grande que a artista decidiu lidar com o luto de uma maneira peculiar: clonando as células da cadela, retiradas da boca e do estômago, para produzir duas réplicas idênticas à falecida.
"Elas têm personalidades diferentes. Estou esperando que elas fiquem mais velhas para ver se elas têm os mesmos olhos castanhos e a seriedade de Samantha", garante Streisand, em uma longa entrevista à Variety, conduzida pela prestigiada revista para marcar os aniversário de 50 anos do filme que revelou a atriz para o mundo e lhe rendeu seu primeiro Oscar, o sucesso de bilheterias Funny Girl - A Garota Genial. Atualmente, a cantora e cineasta vive - ao lado de seu marido, o ator James Brolin - com três cadelas da raça Coton de Tulear: Miss Fanny, "prima" de Samantha, nomeada a partir da personagem de Streisand no longa supracitado; e Miss Violet e Miss Scarlet, as clones, diferenciadas por lacinhos roxo e vermelho, respectivamente.
Para além do singular caso de clonagem, Streisand também falou sobre a disparidade entre o reconhecimento do trabalho de homens e mulheres em Hollywood. Esnobada múltiplas vezes pela Academia do Oscar - que jamais nomeou a atriz como diretora apesar de sucessos que ela comandou, como Yentl e O Príncipe das Marés, terem sido indicados às principais categorias -, Streisand parabenizou a menção de Greta Gerwig (Lady Bird - A Hora de Voar), mas criticou as ausências de Dee Rees (Mudbound) e Patty Jenkins (Mulher-Maravilha) da lista final da categoria de Melhor Direção no Oscar.
Após finalmente assegurar financiamento, Streisand está em processo de escalar o elenco para seu próximo projeto, Skinny and Cat, cinebiografia sobre a fotógrafa Margaret Bourke-White. A produção quase foi iniciada em inúmeras ocasiões e Cate Blanchett chegou a ser escalada para dar vida à protagonista, mas o longa acabou não saindo do papel.