Mais uma vez citada no escandaloso caso de Harvey Weinstein — acusado de abuso e assédio sexual por dezenas de mulheres —, Meryl Streep se pronunciou contra a atitude dos advogados do ex-produtor, que usaram seus depoimentos de forma favorável ao antigo dono da Miramax em resposta a uma ação judicial. A atriz não gostou nada dessa associação e respondeu de forma ríspida, chamando a jogada dos juristas de "patética".
"O uso pelos advogados de Harvey Weinstein da minha verdadeira afirmação — de que ele não era sexualmente transgressor ou fisicamente abusivo em nossa relação de trabalho — como evidência de que ele não foi abusivo com muitas outras mulheres é patético e aproveitador. As ações criminais que ele é acusado de ter realizado no corpo dessas mulheres são responsabilidade dele e, se houver qualquer resquício de justiça no sistema, ele pagará por isso independentemente da quantidade de bons filmes — feitos por várias pessoas boas — que Harvey teve a sorte de ter adquirido ou financiado", disse Streep através de um porta-voz, segundo The Wrap.
Anteriormente, a atriz já havia sido envolvida no escândalo devido ao fato de ter trabalho com Weinstein em uma série de produções, incluindo Álbum de Família (2013) e A Dama de Ferro (2011) - trabalho que lhe rendeu um Oscar de Melhor de Atriz. Seu nome já veio à tona em uma intervenção urbana que a colocou como "cúmplice" do ex-produtor e em uma crítica da atriz e ativista Rose McGowan. Ela acusa Weinstein de tê-la estuprado em 1997 e opina que Streep é hipócrita por ter trabalhado anos ao lado dele em silêncio, dando a entender que ela sabia do comportamento abusivo dele. Streep afirma que tentou falar com McGowan e fez uma declaração à acusação, afirmando que não sabia sobre a péssima conduta de Weinstein e que não apoia o estupro.
Oscar 2018: As vitórias de Harvey Weinstein no Prêmio da Academia