Oscar 1971 - A recusa
George C. Scott detestava o Oscar. Deixara isso bem claro em 1962, quando foi indicado ao prêmio de ator coadjuvante por Desafio à Corrupção e pediu que seu nome fosse retirado da cerimônia. A Academia não acatou o pedido, e viria a indicá-lo novamente em 1971, por sua estupenda atuação em Patton - Rebelde ou Herói? Mais uma vez, ele pediu que retirassem o seu nome da premiação e anunciou que não participaria da cerimônia. Dado o contexto, a atriz Goldie Hawn não se conteve e disparou um "Meu Deus!" no momento de anunciar o seu nome, acentuando o constrangimento do Oscar em relação ao rebelde (ou heróico?) Scott.
Oscar 1973 - O protesto
Marlon Brando já ostentava um Oscar de melhor ator por sua influente atuação em Sindicato de Ladrões quando decidiu se rebelar contra o Academy Awards. Ausente da premiação no Oscar 1973, o artista mandou uma mulher vestida de índia (atriz, porém ativista dos direitos indígenas) para representá-lo. Ao receber o prêmio por O Poderoso Chefão, ela iniciou um discurso em protesto à representação dos índios em Hollywood, tendo sido interrompida na cerimônia, mas divulgado a carta inteira de Brando na coletiva pós-cerimônia e em publicações durante a semana. A estatueta ainda foi recusada ao vivo.
Oscar 1974 - O homem nu
Os anos 70 foram muitos loucos mesmo... Robert Opel, um fotógrafo e dono de galeria, se passou por jornalista para trafegar pelos bastidores do Oscar 1974 e, no primeiro vacilo da produção da cerimônia, executou seu plano terrível: tirou a roupa e invadiu o palco. Bem no momento em que o ator David Niven ia anunciar a beldade Elizabeth Taylor como convidada. A reação de Niven é hilária, o sinal de paz e amor de Opel é maravilhoso, e o homem de 33 anos se tornaria uma figura celebridade instantânea pelos jornalistas, uma personalidade única entre fãs da cerimônia, uma figura histórica do Oscar. Cinco anos mais tarde, em uma tentativa de assalto ao seu estúdio, em São Francisco, Robert seria assassinado. Uma tragédia.