A franquia Cloverfield é um case de muito sucesso de marketing. Mesmo quando produz um filme de qualidade artística duvidosa. Após longa divulgação de que A Partícula de Deus seria lançado nos cinemas, The Cloverfield Paradox ganhou um clipe no Super Bowl, anunciando seu lançamento na Netflix logo depois da final da Liga de Futebol Americano — em que o Philadelphia Eagles de Nick Foles venceu o favorito New England Patriots, do lendário técnico Bill Belichick e do quarterback Tom Brady, marido de Gisele Bündchen — , em uma jogada mercadológica muito bem tramada por J.J. Abrams.
O megaprodutor da Bad Robot costurou junto a Jim Gianopulos, presidente da Paramount, a dois dos maiores diretores da Netflix, Ted Sarandos (chefe de conteúdo) e Scott Stuber (de filmes originais), e a outros executivos um inteligente acordo de lançamento que, segundo fontes do The Hollywood Reporter, teria envolvido mais de US$ 50 milhões. Assim, J.J. e Paramount impediram um provável fracasso de público, seguindo sua baixíssima aprovação no Metacritic (36%) e no Rotten Tomatoes (20%), um alto investimento na campanha de marketing, enquanto a Netflix ganhou, e muito, em repercussão.
The Cloverfield Paradox traz Daniel Brühl, Gugu Mbatha-Raw, David Oyelowo, Ziyi Zhang e Chris O'Dowd em seu elenco, Julius Onah na direção e Oren Uziel no roteiro, independente de Cloverfield - Monstro e Rua Cloverfield, 10. Leia nossa crítica.