Após uma longa e custosa batalha nos tribunais, Hugh Grant (Paddington 2) finalmente conseguiu provar que foi espionado durante os últimos 10 anos pelo grupo MSG (Mirror Groupe Newspapers), dono dos tabloides Daily Mirror, Sunday Mirror e Sunday People, entre outras publicações. Por causa de escutas telefônicas, implantadas por um hacker no celular do ator, que registraram as conversas privadas de Grant, os réus serão obrigados a pagar um valor não divulgado que gira na casa dos seis dígitos como compensação por danos morais (via Le Figaro).
Depois que foi pego praticando sexo oral em público com uma prostituta nos idos de 1995, Grant tornou-se uma das pessoas públicas mais caçadas pelos tabloides de seu país natal. Desde então, ele foi alvo de inúmeras publicações do mesmo tipo e de toda forma de práticas "jornalísticas" para lá de questionáveis: ainda de acordo com o texto da acusação contra o grupo midiático MSG, Grant também afirma que alguns jornalistas pertencentes ao conglomerado utilizaram identidades falsas para reunir informações sobre sua vida pessoal.
Segundo Grant, ele pretende doar todas as libras que serão pagas pela MSG ao fundo da campanha Hacked Off, uma organização contra hacks e o vazamento de informações privadas para uso de tabloides da qual é membro da diretoria. "Este conglomerado midiático enganou o público e seus acionistas durante muitos anos; e também seus leitores e seus jornalistas que trabalhavam de verdade. Estes jornalistas vão pagar o preço dos malfeitos de executivos que deixaram a companhia com enormes salários e bônus", declarou o ator.
Mas a controvérsia parece ainda não ter chegado ao fim. Através de seu Twitter, Grant escreveu o seguinte, criticando diretamente a administração de Theresa May:
"O Mirror Group admitiu formalmente seu alto nível de acobertamento de práticas ilegais. Hora de 'Leveson 2'. Não podemos sofrer mais atrasos de uma Primeira-Ministra que é conivente com donos e editores de tabloides"