Após o artigo do New York Times que revelou o assédio que Uma Thurman sofreu de Harvey Weinstein, a atriz recorreu ao seu Instagram para esclarecer o acidente sofrido durante as filmagens de Kill Bill e o real envolvimento de Quentin Tarantino no caso e no seu acobertamento.
Thurman escreve:
"Eu publico este clipe para memorizar a exposição no New York Times por Maureen Dowd. As circunstâncias deste evento foram negligentes ao ponto de criminalidade. Mas não acredito que tenham sido com intenções maliciosas.
Quentin Tarantino estava profundamente arrependido e permanece sentindo remorsos sobre este evento trágico, e me entregou as filmagens anos depois para que eu pudesse expor e deixar que visse a luz do dia, apesar de que este é um evento para o qual a justiça talvez jamais seja possível.
Ele também fez isso com total conhecimento de que poderia causar danos pessoais a ele, e estou orgulhosa por ele ter feito o que era certo, e por sua coragem.
O ACOBERTAMENTO após o fato é IMPERDOÁVEL. Por isso eu responsabilizo Lawrence Bender, E. Bennett Walsh e o notório Harvey Weinstein. Eles mentiram, destruíram evidências e continuam a mentir sobre o dano permanente que causaram e escolheram suprimir. O acobertamento sim teve intenções maliciosas, e que a vergonha recaia sobre eles por toda a eternidade. A [agência] CAA nunca mandou ninguém para o México. Espero que cuidem de outros clientes com mais respeito se quiserem de fato fazer o trabalho para o qual são pagos com decência."
O artigo do New York Times revela que Tarantino teria forçado Thurman a filmar uma cena em um carro que estava com problemas, o que acabou causando o acidente que passou anos distante do conhecimento público. A atriz teve acesso ao vídeo negado, até que Tarantino o entregou a ela para que pudesse revelar na entrevista ao jornal. O cineasta também esclareceu em detalhes o que aconteceu naquele dia de filmagens em uma entrevista concedida ao Deadline.