Aumenta o coro dos descontentes com Woody Allen. A atriz britânica Hayley Atwell, mais conhecida por interpretar a Agente Carter no MCU e na finada série homônima, é mais uma a declarar que não aceitaria atuar novamente sob o comando do cineasta. A onda de arrependimentos e "nunca mais" ganhou força este ano com o movimento Time's Up e o reaparecimento da acusação de estupro por Dylan Farrow, em evidência no contexto do #MeToo.
Hayley, que estreou no cinema trabalhando para Allen em O Sonho de Cassandra, descreveu a estranha experiência e comentou o caso em entrevista ao The Guardian:
"Nunca falei sobre isso. Foi meu primeiro filme e não me senti dirigida por ele em momento algum. Não tivemos qualquer tipo de relacionamento, o que é ok, mas bizarro. Era uma grande oportunidade, então fiz o melhor que pude e fui embora. Não sabia na época o que sei agora. Eu trabalharia com ele agora? Não. Me solidarizo à sua filha e ofereço minhas desculpas se minha contribuição para seu trabalho a causou sofrimento de alguma forma. É empolgante poder dizer isso hoje e não entrar automaticamente numa lista negra."
O estilo frio da direção de Woody também foi destacado recentemente por Marion Cotillard, estrela de Meia Noite em Paris.
"Não acho que ele me convidaria novamente, pois a experiência que tivemos foi bastante bizarra. Admiro parte de sua obra, mas não houve conexão alguma no set. Se ele me chamasse hoje eu questionaria mais, investigaria profundamente. Não sei, sou ignorante a respeito dessa história e só sei que dói ver o sofrimento alheio. Eu não sabia muito de sua vida pessoal na ocasião. Sabia que ele era casado com uma das filhas, o que, honestamente, acho esquisito, mas não posso julgar o que não conheço."
Colin Firth, Rebecca Hall, Griffin Newman, Greta Gerwig, Mira Sorvino, Natalie Portman, David Krumholtz e Timothee Chalamet se pronunciaram contra o cineasta. Alec Baldwin e Diane Keaton são seus principais defensores.